Do Brasil de Fato
Um grupo bipartidário de senadores dos Estados Unidos apresentou uma resolução com o objetivo de restringir possíveis operações militares do país contra a Venezuela, sem autorização do Congresso.
Desde agosto, navios militares dos EUA estão no Mar do Caribe. Aproximadamente 10 mil militares foram deslocados para a região, junto com oito navios de guerra e um submarino.
Com as embarcações apontadas para a Venezuela, Washington realizou uma série de ataques ilegais contra pequenas embarcações próximas à costa do país. Segundo as agências de notícias, 27 pessoas teriam sido mortas em seis ataques, com a desculpa de “combater o narcotráfico”.
Senadores são contra ‘ação secreta’ na Venezuela
A iniciativa dos parlamentares reafirma os limites que a Constituição estadunidense impõe ao poder executivo em caso de uma invasão terrestre ao país caribenho, já que a declaração de guerra só pode ser autorizada pelo Congresso. A resolução, apresentada na quinta-feira (16), deve ser analisada no Senado nos próximos dez dias. A manifestação dos senadores aconteceu um dia após Trump confirmar que autorizou a CIA a fazer operações terrestres na Venezuela.
O documento foi uma iniciativa de dois senadores democratas, Tim Kaine e Adam Schiff, e do republicano Rand Paul. Kaine destacou que o “Congresso não deu luz verde para nenhuma ação secreta” e advertiu sobre os riscos de um conflito regional caso Trump continue atuando à margem da lei.
“Preocupa-me profundamente que a administração Trump está considerando lançar ataques militares ilegais na Venezuela sem a autorização específica do Congresso. Os estadunidenses não querem enviar seus filhos e filha para mais uma guerra”, declarou Kaine.
Schiff disse que a resolução procura “restabelecer o rol constitucional frente a um Executivo que tem ultrapassado seus limites na política externa”.