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Relator de cassação de Eduardo Bolsonaro defendeu anistia e impeachment de Moraes

por Juliana Dal Piva
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Por Igor Mello 

Escolhido relator do processo de cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara,  o deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) já defendeu a anistia para os golpistas do 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O nome de Freitas foi confirmado ao portal G1 pelo deputado  Fabio Schiochet (União Brasil-SC), presidente do Conselho de Ética.

Ele vai analisar a denúncia protocolada pelo PT contra Eduardo —  o partido acusa o filho de Jair Bolsonaro de conduta incompatível com o cargo, por articular sanções e tarifas contra o Brasil junto a autoridades americanas para obstruir o julgamento do pai no STF.

Schiochet tinha como outras opções dois deputados de esquerda: Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP), mas preferiu um nome alinhado ao bolsonarismo.

Deputado defendeu anistia

Em vídeos publicados nas redes sociais, Freitas mostra rotineiramente alinhamento com pautas do bolsonarismo no Congresso. No início de agosto, ele publicou um vídeo atacando Moraes.

“Sou totalmente contra os abusos cometidos pelo STF e defendo o impeachement do ministro Alexandre de Moraes”, disse ele.

No mesmo vídeo, o parlamentar mineiro ainda repete o discurso de Eduardo Bolsonaro sobre a anistia.

“Sou plenamente favorável à anistia ampla geral e irrestrita aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro”, completou

Relator não condenou tarifaço

O deputado Delegado Marcelo Freitas ainda teve uma postura ambígua sobre o tarifaço articulado por Eduardo Bolsonaro contra as exportações brasileiras para os Estados Unidos.

Ligado ao agronegócio mineiro, o parlamentar não celebrou abertamente a imposição de tarifas por Donald Trump, como fizeram outros bolsonaristas.

Contudo, não fez nenhuma menção à ação de Eduardo Bolsonaro no exterior, preferindo responsabilizar o governo Lula pelo tarifaço.

“É urgente, portanto, que o presidente de nosso país, ao invés de procurar culpados por esse problema, busque dialogar com a nação norte-americana”, opinou ele em vídeo do fim de julho.

No mesmo pronunciamento, Freitas ainda acusa Lula de ter uma postura eleitoreira sobre o tarifaço.

“Presidente, pare de conversar bobagem. Pare de falar bravata e vá negociar. O povo brasileiro não pode amargar o preço de sua vaidade pessoal. Eleições serão somente no ano de 2026”.

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