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As ações da Oracle registraram um salto histórico nesta quarta-feira (10), com valorização de cerca de 40% – o maior avanço diário desde 1992, de acordo com a Bloomberg. O movimento foi impulsionado pela divulgação de uma projeção otimista para a área de computação em nuvem, que reforça a posição da companhia entre as gigantes da inteligência artificial.
Durante a manhã em Nova York, os papéis chegaram a subir até 43%, levando o valor de mercado da Oracle a impressionantes US$ 969 bilhões. O desempenho catapultou o patrimônio de Larry Ellison, cofundador da empresa, colocando-o no topo do ranking mundial de bilionários, à frente de Elon Musk.
Segundo os cálculos da Bloomberg, Ellison teve um acréscimo de US$ 101 bilhões em sua fortuna em apenas um dia, atingindo a marca de US$ 393 bilhões — o maior aumento diário já registrado pelo índice. Assim, ele superou Musk, dono da Tesla e da SpaceX, cuja riqueza é estimada em US$ 385 bilhões.
Nos últimos anos, Musk, Jeff Bezos (Amazon) e Bernard Arnault (LVMH) vinham se alternando na liderança do ranking dos mais ricos do mundo. Agora, é Ellison quem assume o posto, aos 81 anos, acumulando grande parte de sua fortuna em ações da Oracle.
Oracle: Inteligência artificial como motor de crescimento
O bom desempenho da empresa está diretamente ligado à crescente demanda por serviços de nuvem e soluções relacionadas à inteligência artificial. O setor vem movimentando investimentos de centenas de bilhões de dólares em infraestrutura de computação, com empresas como OpenAI e xAI competindo pelo protagonismo.
No pregão desta quarta, os papéis da Oracle chegaram a atingir US$ 325,90 — uma nova máxima histórica. Pouco depois, eram negociados a US$ 336,41, com alta próxima de 39%.
O otimismo não se limitou à Oracle. Outras companhias ligadas ao fornecimento de tecnologia para data centers, como Nvidia, Broadcom e AMD, também registraram ganhos entre 2,8% e 4,6%. A CoreWeave, concorrente no setor de nuvem, viu suas ações saltarem 17%.
No trimestre encerrado em agosto, a Oracle fechou quatro contratos acima de US$ 1 bilhão cada com grandes clientes, reforçando o ritmo de expansão da área de nuvem.