O presidente Lula (PT) falou, nesta quarta-feira (15), sobre a conversa por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após mais de uma semana, Lula afirmou que pintou uma “indústria petroquímica” entre eles, uma forma de maximizar a “química” mencionada por Trump. As declarações foram feitas em evento no Rio de Janeiro, em comemoração ao Dia do Professor.
“Quando falei com o Trump, eu não o conhecia, a gente estava de mal. (Mas) tinha gerado uma química na ONU”, começou Lula. “Ele me ligou e eu falei: ‘Presidente, eu queria estabelecer uma conversa sem liturgia. Eu estou fazendo 80 anos hoje, você vai fazer dia 14 de julho. Significa que sou oito meses mais velho que você. Então vamos nos tratar por ‘você’, sem liturgia’. E comecei a falar o que eu descobri que tinha que falar. Não pintou uma química, pintou uma indústria petroquímica”, completou.
Lula tem como hábito usar a descontração para fazer diplomacia. Outro republicano dos Estados Unidos, George W. Bush, foi “conquistado” pelo brasileiro por causa da “química” inesperada que se viu no Salão Oval da Casa Branca em dezembro de 2002.
Lula confirma encontro entre Rubio e Mauro Vieira em Washington
Lula confirmou que haverá, nesta quinta-feira (16), uma conversa, em Washington, entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para negociar o tarifaço. Também entrarão na pauta as sanções dos EUA às autoridades brasileiras.
Marco Rubio (Foto: Andrew Caballero-Reynolds / AFP)
A tendência é que Lula e Trump tenham em breve uma conversa bilateral cara a cara. Uma das possibilidades é ainda este mês, na Malásia, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean)
Evento
No evento no Rio de Janeiro, Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram a abertura dos pedidos para a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB), que começa nesta quinta. O documento facilitará o acesso às vantagens já garantidas à categoria, como descontos em eventos culturais (cinemas, teatros e shows), e os benefícios que são costurados pelo programa “Mais Professores para o Brasil”, como cartões de crédito com condições diferenciadas e descontos em hotéis.
Segundo Camilo Santana, o documento também oferece descontos em empresas como Ifood, Decolar, Samsung, Amazon e redes de farmácias. Os professores precisarão pedir ao CNDB na página Mais Professores, com acesso via conta gov.br. Para isso, é preciso que o profissional tenha Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular junto à Receita Federal e se desenvolva no exercício da atividade docente em uma instituição de ensino. O documento será válido por dez anos.