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O despejo da ocupação Palestina Livre Luísa Mahin, no centro do Rio de Janeiro, realizado em 7 de setembro, gerou forte reação de movimentos sociais e parlamentares, incluindo o MST. A ação, que tinha como alvo famílias sem moradia, terminou com pessoas feridas, incluindo crianças e idosos, e também atingiu os deputados Professor Josemar (estadual) e Tarcísio Motta (federal), ambos do PSOL, que tentavam intermediar o conflito.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifestou solidariedade às famílias removidas e criticou a condução da operação. Em nota, a organização acusou a Prefeitura do Rio, sob Eduardo Paes, e o governo estadual de Cláudio Castro de orquestrarem uma ação violenta contra moradores e militantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), responsável pela ocupação.
Segundo os movimentos, a ocupação integrava a Jornada Nacional do MLB, que neste ano adotou o lema “Não há independência, nem soberania, sem direito à moradia”. O objetivo era denunciar o abandono de prédios públicos que poderiam ser destinados à habitação social, em um cenário em que mais de 8 milhões de famílias no Brasil enfrentam déficit habitacional.
Segundo o MST, ação de despejo orquestrada entre a Prefeitura Municipal do Eduardo Paes e o Governador Cláudio Castro, deixou várias famílias feridas (Foto: Reprodução / MBL RJ)
MST REPUDIA
Grande parte dos moradores despejados era formada por mães solo, mulheres negras e seus filhos. Relatos apontam que a atuação da polícia foi marcada por truculência, sem recuar diante da presença de crianças e idosos no local.
O MST ressaltou ainda que lutar pelo direito à moradia não pode ser criminalizado, enquanto a violência praticada por agentes do Estado precisa ser denunciada. O movimento reafirmou seu compromisso com a defesa de políticas de habitação popular e com a luta por condições dignas de vida tanto no campo quanto na cidade.