Por Francisco Lima Neto
(Folhapress) – Uma carreta com falso artefato explosivo bloqueou totalmente a pista do Rodoanel Mário Covas, no km 44, sentido Presidente Dutra, na altura de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, desde as 5h desta quarta-feira (12). O fluxo nos dois sentidos foi liberado por volta das 10h10.
O motorista, que passou mais de 4 horas amarrado ao artefato, foi resgatado às 9h15, sendo atendido por socorristas da SPMar, concessionária que administra o Rodoanel.
Segundo a polícia, o motorista afirma ter sido sequestrado e os criminosos o obrigaram a atravessar a carreta na pista, causando o bloqueio. Os criminosos, segundo o condutor, amarraram explosivos ao seu corpo e fugiram.
O Centro de Comunicação da Polícia Militar, no entanto, chegou a cogitar que se tratava de um surto, mas essa possibilidade foi descartada.
Polícia Militar e a rodoviária foram ao local, com equipes do Corpo de Bombeiros. Agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) chegaram por volta das 8h15, levados pelo helicóptero Águia da PM.
Um policial, usando roupas especiais para desarme de bombas, aproximou-se do veículo às 9h15, conversou com o motorista e o retirou do veículo. Bastante nervoso, ele desmaiou e foi carregado por PMs até uma maca, onde foi atendido por médicos da concessionária.
Ele foi medicado e passa bem, segundo a SPMar, e será encaminhado ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra.
Agentes do Gate entraram na cabine do caminhão para averiguar se o artefato é um explosivo e providenciar a retirada do material. Um cão farejador participa do trabalho. O Gate descartou que se tratava de um explosivo.
Segundo a concessionária, a carreta saiu do estado do Acre com destino a São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O vidro dianteiro do caminhão apresenta marcas de estilhaços.
Em razão do congestionamento, diversos motoristas desceram e ficaram fora de seus veículos. O bloqueio do tráfego no Rodoanel causou reflexos no trânsito da capital paulista, que registrou mais de 640 km de lentidão nessa manhã.
A carreta pertence à empresa Sitrex, especializada no transporte rodoviário internacional. A companhia foi procurada, mas não respondeu até o momento.