Moradores dos complexos do Alemão e da Penha realizaram um protesto, nesta quarta-feira (29), contra as mais de 120 mortes ocorridas na favela na terça-feira (28).
Pouco depois das 16h, cerca de 100 motociclistas saíram da praça São Lucas, no Complexo da Penha e seguiram pela Avenida Brasil em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado.
Eles foram escoltados por policiais do Batalhão Tático Móvel da Polícia Militar até o palácio.
Com bandeiras do Brasil pintadas de vermelho, manifestantes exibiam cartazes com dizeres de “Castro assassino”.
Na manhã desta quarta (29), moradores do Complexo da Penha encontraram, pelo menos, 74 corpos na área de mata da região. O governador Cláudio Castro disse considerar que a ação foi um “sucesso” e que só os quatro policiais mortos são “vítimas”.
O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou que as forças de segurança criaram o que foi chamado de “Muro do Bope”: policiais avançaram pela área da Serra da Misericórdia para cercar possíveis criminosos e empurrá-los em direção à mata, onde outras equipes de policiais já estavam posicionadas.
A ação no conjunto de favelas contou 2,5 mil policiais civis e militares. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, disse que o que houve de “dano colateral” foi “muito pequeno”, referindo-se às quatro pessoas sem envolvimento com o crime mortas durante a ação.