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Milicianos armados invadem hospital no Rio para matar paciente baleado

por Felipe Rabioglio
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Na madrugada desta quinta-feira (18), um hospital público da Zona Oeste do Rio de Janeiro virou alvo de uma ação criminosa. Oito homens encapuzados e fortemente armados invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, com a missão de assassinar um paciente internado, apontado como testemunha de crimes cometidos pela milícia.

A incursão ocorreu por volta das 2h30, quando os criminosos renderam os seguranças na garagem e avançaram até o centro cirúrgico. O alvo da emboscada, porém, já havia sido transferido para a enfermaria. Um dos invasores chegou a utilizar uniforme da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), da Polícia Civil do Rio, para tentar despistar.

O paciente perseguido pelos paramilitares já havia sido vítima de um atentado na tarde de quarta-feira (17), quando levou nove tiros em uma emboscada. Sua residência também foi destruída pelos criminosos. Apesar dos ferimentos, ele sobreviveu e permanece sob escolta policial, com previsão de ser transferido para outro local por recomendação da PM.

Bandidos invadiram hospital para matar homem apontado como testemunha de crimes cometidos pela milícia (Foto: Reprodução)

Pronunciamento sobre a invasão do hospital

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a invasão do hospital  provocou pânico entre profissionais e pacientes. “Pacientes graves sendo atendidos no CTI e operações estavam acontecendo no momento, profissionais estavam fazendo transporte de bolsas de sangue e foram impedidos de fazer esse trabalho”, relatou o secretário de Saúde, Daniel Soranz. Ninguém ficou ferido.

A Polícia Militar reforçou a segurança na unidade. Soranz ainda destacou que episódios de violência em hospitais têm se tornado cada vez mais frequentes. “É uma situação que está acontecendo cada vez mais, de forma mais frequente. Este ano, tivemos que suspender o funcionamento de unidades 516 vezes por motivos de segurança, por invasão ou por risco. O número só aumentou nos últimos anos e não há respeito em relação às unidades de saúde. A polícia vem perdendo território cada vez mais e os prejuízos para operações aumentam a cada dia”, afirmou Soranz.

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