Índice
A maioria dos mercados mundiais opera no negativo, nesta quinta-feira (30), refletindo a reação dos investidores ao encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, além da decisão de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), divulgada na véspera. Os agentes também acompanham hoje a decisão dos juros do BCE (Banco Central Europeu).
Trump afirmou ter alcançado um acordo com Pequim para reduzir tarifas sobre produtos chineses em troca da retomada das compras de soja, manutenção das exportações de terras raras e maior controle sobre o comércio de fentanil. Ele classificou a reunião com Xi, realizada na Coreia do Sul, como “incrível”, mas classificou o líder chinês como um negociador “duro”.
A cautela nos mercados também é alimentada pelas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que apontou incerteza sobre novos cortes de juros em dezembro, após a redução de 0,25 ponto percentual anunciada ontem.
No Brasil, o foco do dia recai sobre a divulgação do IGP-M de outubro, do Caged de setembro e do fluxo cambial. Também saem os resultados fiscais do governo central e os balanços do terceiro trimestre de empresas como Gerdau, Vale, Multiplan e Marcopolo.
Brasil
O Ibovespa registrou uma performance histórica na quarta-feira (29), ao superar os 148 mil pontos e alcançar os inéditos 149.067,16 pontos, renovando sua máxima histórica. Contudo, o índice perdeu fôlego e encerrou o pregão com uma alta de 0,82%, fechando aos 148.632,93 pontos – o maior nível de fechamento já registrado, superando os 147.428,90 pontos de ontem.
Apesar da valorização do real no início do dia, a moeda brasileira reverteu a tendência, fechando com uma leve queda de 0,03%, cotada a R$ 5,358. Os contratos futuros de juros, que também apresentavam queda, inverteram a trajetória e terminaram o dia em alta.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, com investidores atentos à divulgação de resultados corporativos, dados de crescimento e da decisão sobre juro do Banco Central Europeu. Os agentes também acompanham os balanços de empresas como a TotalEnergies, ING Groep, Volkswagen e BBVA.
STOXX 600: -0,12%
DAX (Alemanha): +0,30%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,34%
CAC 40 (França): -0,01%
FTSE MIB (Itália): -0,21%
Estados Unidos
Nos EUA, os índices futuros recuam, enquanto os agentes do mercado aguardam hoje os resultados da Apple e da Amazon, enquanto repercutem balanços mistos das concorrentes do grupo das “Sete Magníficas”, ou seja, as grandes empresas de tecnologia. A Alphabet, controladora do Google, registrou alta de cerca de 6% após resultados positivos, enquanto as ações da Meta e da Microsoft recuaram aproximadamente 8% e 4%, respectivamente.
Dow Jones Futuro: -0,17%
S&P 500 Futuro: -0,03%
Nasdaq Futuro: -0,03%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram sem direção definida, enquanto investidores reagiam ao primeiro encontro entre Donald Trump e Xi Jinping e aos comentários do Federal Reserve. As bolsas da Coreia do Sul avançaram após declarações sobre um acordo comercial com os EUA. Segundo a CNBC, Seul investirá US$ 200 bilhões nos Estados Unidos, com limite anual de US$ 20 bilhões, e destinará os US$ 150 bilhões restantes à cooperação na construção naval.
Shanghai SE (China), -0,73%
Nikkei (Japão): +0,04%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,24%
Nifty 50 (Índia): -0,66%
ASX 200 (Austrália): -0,46%
Petróleo
Os preços do petróleo caem após a reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, que trouxe avanços em diversos pontos de atrito. Trump afirmou que discutiram a guerra na Ucrânia, mas não o tema do petróleo. Antes do encontro, os EUA impuseram sanções a produtores russos e o presidente havia sinalizado intenção de pressionar Pequim a reduzir as importações de petróleo da Rússia.
Petróleo WTI, -0,79%, a US$ 60,00 o barril
Petróleo Brent, -0,80%, a US$ 64,40 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, investidores acompanham discursos de dirigentes do Fed e aguardam os balanços de Apple e Amazon, após resultados mistos de Microsoft, Meta e Alphabet. Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) divulga sua decisão de política monetária.
Por aqui, no Brasil, a taxa média de juros do consignado privado subiu para 58,4% em setembro, enquanto as concessões chegaram a R$ 6,4 bilhões, alta de 5,5% sobre agosto, segundo o Banco Central. O estoque total da modalidade atingiu cerca de R$ 59,5 bilhões, impulsionado pela nova linha para trabalhadores CLT lançada em março. A inadimplência caiu para 5% e o Banco Central projeta que o ritmo de empréstimos pode injetar mais R$ 20 bilhões na economia até o fim do ano.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg