Índice
A segunda-feira (27) começa com os mercados mundiais operando majoritariamente em alta, em meio à expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) reduza a taxa básica de juros em 25 pontos-base na quarta-feira (29). A decisão do banco central dos EUA deve orientar o rumo dos mercados nesta semana, marcada também por reuniões do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Japão (BoJ).
Além da política monetária, o foco dos investidores se volta aos balanços das gigantes de tecnologia — Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft — que divulgarão resultados do terceiro trimestre.
No cenário político, o mercado repercute o primeiro encontro formal entre os presidentes Lula (Brasil) e Donald Trump (EUA) desde o retorno do republicano à Casa Branca. A reunião, em Kuala Lumpur (Malásia), foi descrita como “positiva” e abriu uma nova fase nas negociações bilaterais, incluindo o possível fim das tarifas de 50% aplicadas por Washington a produtos brasileiros.
No Brasil, a agenda econômica inclui o Índice de Confiança do Consumidor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e o Boletim Focus do Banco Central. A autoridade monetária também realiza dois leilões simultâneos no mercado de câmbio nesta manhã.
Brasil
O Ibovespa encerrou a sexta-feira (24) em alta de 0,31%, aos 146.172 pontos, após chegar a tocar os 147.239 pontos durante o pregão — próximo do recorde histórico de 147.578 pontos, alcançado em setembro. O desempenho consolidou a segunda semana seguida de ganhos, com avanço acumulado de 1,93%.
O dólar comercial teve leve variação, subindo 0,11%, a R$ 5,39, enquanto os juros futuros (DIs) recuaram ao longo da curva, mas ainda permanecem acima dos 13% ao ano.
O bom humor nos mercados foi impulsionado por dados de inflação mais comportados. No Brasil, o IPCA-15 de outubro veio abaixo das projeções; nos Estados Unidos, o CPI de setembro também surpreendeu positivamente, favorecendo novos recordes em Wall Street e ganhos em índices europeus.
Europa
Os mercados europeus operam em alta, impulsionados por resultados corporativos e pela expectativa de reaproximação entre Washington e Pequim. Investidores aguardam as decisões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, que deve manter os juros estáveis. Segundo Ulrich Urbahn, do Berenberg Bank, as políticas monetárias e os balanços corporativos definirão o rumo dos mercados até o fim do ano.
STOXX 600: +0,04%
DAX (Alemanha): +0,19%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%
CAC 40 (França): -0,24%
FTSE MIB (Itália): +0,41%
Estados Unidos
O avanço dos mercados é apoiado por sinais de progresso nas negociações comerciais entre Washington e Pequim. Após dois dias de reuniões na Malásia, autoridades indicaram estar próximas de um acordo abrangente sobre exportações, fentanil e tarifas marítimas. O entendimento preliminar prepara o terreno para o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30), na Coreia do Sul.
Dow Jones Futuro: +0,58%
S&P 500 Futuro: +0,78%
Nasdaq Futuro: +1,08%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, com o índice japonês Nikkei 225 superando pela primeira vez os 50 mil pontos, impulsionado pelo otimismo nas negociações entre EUA e China e pelo bom desempenho de Wall Street. A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, deve se reunir nesta semana com o presidente norte-americano Donald Trump durante sua visita ao país.
Shanghai SE (China), +1,18%
Nikkei (Japão): +2,46%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,05%
Nifty 50 (Índia): +0,61%
ASX 200 (Austrália): +0,40%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa após abertura positiva, apesar do potencial acordo entre EUA e China reforçar a perspectiva de demanda.
Petróleo WTI, -0,26%, a US$ 61,34 o barril
Petróleo Brent, -0,24%, a US$ 65,78 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada nesta segunda-feira.
Por aqui, no Brasil, o Palácio do Planalto marcou para esta quarta-feira (29) a posse de Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em cerimônia no Salão Nobre às 16h. Boulos, que se licencia do mandato de deputado federal por São Paulo, assume o posto no lugar de Márcio Macêdo. Segundo ele, o presidente Lula lhe deu a missão de “ajudar a colocar o governo na rua” e fortalecer o diálogo com movimentos sociais.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg