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A sessão desta segunda-feira (29) nos mercados mundiais começa positiva, mesmo com o impasse sobre o orçamento federal do governo dos Estados Unidos. Líderes do Congresso norte-americano se reúnem com o presidente Donald Trump em busca de um acordo de última hora para evitar a paralisação do governo, que pode ocorrer já em 1º de outubro. A proposta em debate visa garantir o funcionamento até meados de novembro.
Enquanto isso, o mercado monitora falas de dirigentes do Federal Reserve, o banco central estadunidense. Beth Hammack, do Fed de Cleveland, destacou os desafios da autoridade monetária em equilibrar o controle da inflação com a preservação do emprego. John Williams e Raphael Bostic também discursam ao longo do dia e podem sinalizar os próximos passos dos juros americanos.
No Brasil, o dia começa com a divulgação do Boletim Focus (8h25) e da Pesquisa Firmus (9h), que traz a percepção das empresas sobre a economia. À tarde, o Caged (14h30) revela os números do emprego formal, e o Tesouro divulga o Resultado do Governo Central (17h).
No cenário político, Brasília recebe às 16h a posse dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes como presidente e vice do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Brasil
O Ibovespa encerrou a sexta-feira (26) com leve alta de 0,10%, aos 145.446,66 pontos — avanço insuficiente para reverter a perda semanal de 0,29%, após um forte ganho de 2,53% na semana anterior. O desempenho foi pressionado pelas quedas de ações de peso, como Vale (-1,92%) e Petrobras (-0,34%).
No câmbio, o real interrompeu uma sequência de desvalorizações com a queda de 0,47% do dólar comercial, cotado a R$ 5,338. Já os juros futuros (DIs) fecharam sem direção única.
Europa
Mercados europeus sobem com investidores atentos ao risco de paralisação nos EUA. Na esfera corporativa, a empresa aérea Lufthansa prevê lucro robusto, mas, mesmo assimo, anunciou corte de 4 mil empregos até 2030.
STOXX 600: +0,27%
DAX (Alemanha): +0,02%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,53%
CAC 40 (França): +0,10%
FTSE MIB (Itália): -0,27%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York avançam hoje, com os agentes com um olho no risco de paralisação do governo norte-americano e com o outro em uma série de dados de emprego que será divulgada ao longo semana. O destaque é o principal dele, o payroll, na sexta-feira (3).
Dow Jones Futuro: +0,31%
S&P 500 Futuro: +0,44%
Nasdaq Futuro: +0,57%
Ásia
As bolsas da Ásia sobem com sinais de recuperação na China, após alta nos lucros industriais e alívio na deflação, antes do feriado da Semana Dourada.
Shanghai SE (China), +0,90%
Nikkei (Japão): -0,69%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,89%
Nifty 50 (Índia): +0,18%
ASX 200 (Austrália): +0,85%
Petróleo
Os preços do petróleo recuavam, com as expectativas de que a OPEP+ aumentaria a produção novamente em novembro, elevando as preocupações com um excesso de oferta.
Petróleo WTI, -1,46%, a US$ 64,76 o barril
Petróleo Brent, -1,17%, a US$ 69,31 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -1,57%, a 784 iuanes (US$ 109,90)
Agenda
Nos Estados Unidos, estão previstos dados de vendas pendentes de moradia e discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).
Por aqui, no Brasil, integrantes do governo Lula (PT) dizem que um encontro presencial com Donald Trump pode acontecer em um terceiro país, após contatos telefônicos entre os líderes, segundo informações da GloboNews. Os acertos ainda estão no início, e dificilmente Lula iria aos EUA ou Trump viria ao Brasil. A hipótese mais provável é que se encontrem durante eventos internacionais, como a cúpula da Asean na Malásia ou a Apec na Coreia do Sul, para os quais ambos receberam convite. Recentes conversas entre autoridades e empresários norte-americanos ajudaram a abrir caminho para o diálogo, que o presidente americano sugeriu após rápido encontro com Lula na ONU em Nova York.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg