Índice
Os mercados globais operam em alta nesta sexta-feira (26), com os investidores atentos à divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) dos Estados Unidos, previsto para as 9h30. O dado, considerado a principal medida de inflação pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), ganhou ainda mais peso após a forte revisão do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre para 3,8% e números robustos de emprego divulgados na quinta-feira — fatores que esfriaram as apostas em novos cortes de juros ainda este ano.
Além do PCE, a agenda americana traz às 11h o índice de confiança do consumidor de setembro, outro termômetro da atividade econômica, e discursos de dirigentes do Fed ao longo do dia, incluindo Tom Barkin (10h), Michelle Bowman (14h) e Raphael Bostic (19h).
No cenário comercial, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na véspera novas tarifas que vão de 25% a 100% sobre uma variedade de produtos — com destaque para itens farmacêuticos, que serão taxados integralmente, salvo se produzidos por empresas com fábricas em solo americano. As tarifas entram em vigor em 1º de outubro e aumentam a tensão nas cadeias globais de fornecimento.
No Brasil, a prévia da inflação oficial (IPCA-15) subiu 0,48% em setembro, revertendo a queda de 0,14% em agosto. Nesta manhã, os dados de confiança da indústria (8h) e das transações correntes (8h30) ajudam a compor o retrato da economia local, enquanto o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, participa de evento do Citi às 11h.
Brasil
Após uma trajetória de forte valorização ao longo das últimas semanas, o Ibovespa teve um dia de ajuste nesta quinta-feira (25). O principal índice da B3 recuou 0,81%, encerrando aos 145.306,23 pontos — uma queda de 1.185,52 pontos no dia.
Apesar da baixa, o movimento ocorre após uma série impressionante: nos últimos 20 pregões, desde 28 de agosto, o Ibovespa renovou 9 vezes sua máxima histórica e 9 vezes a máxima de fechamento, saltando de 139,2 mil para 147,1 mil pontos.
A realização de lucros predominou, em meio a um ambiente doméstico de divulgação de dados econômicos relevantes. O dólar comercial acompanhou o movimento de cautela e subiu 0,69%, cotado a R$ 5,363. Os contratos de juros futuros (DIs) também fecharam em alta ao longo de toda a curva.
Europa
As bolsas europeias operam em alta hoje, com os investidores avaliando os últimos anúncios de Donald Trump e à espera de mais dados macroeconômicos que possam sinalizar o futuro da política monetária dos EUA.
STOXX 600: +0,46%
DAX (Alemanha): +0,57%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,41%
CAC 40 (França): +0,73%
FTSE MIB (Itália): +0,56%
Estados Unidos
Além dos ataques de Donald Trump ao Federal Reserve, os agentes monitoram as divergências dentro do banco central dos EUA sobre a trajetória dos juros. Enquanto Stephen Miran e Michelle Bowman defendem cortes dos juros diante da fraqueza do mercado de trabalho, Austan Goolsbee e Jeff Schmid alertam para riscos inflacionários e pregam cautela. Essas divergências trouxeram dúvidas a respeito do futuro da política monetária norte-americana.
Dow Jones Futuro: +0,22%
S&P 500 Futuro: +0,14%
Nasdaq Futuro: +0,05%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em baixa após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar novas tarifas sobre produtos chineses. O presidente também declarou ter chegado a um acordo com a China sobre o futuro do TikTok nos EUA. Segundo ele, a plataforma foi “salva” de uma proibição por meio de ordem executiva. A transação avalia o negócio em US$ 14 bilhões, segundo o vice-presidente JD Vance.
Shanghai SE (China), -0,65%
Nikkei (Japão): -0,87%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,35%
Nifty 50 (Índia): -0,79%
ASX 200 (Austrália): +0,17%
Petróleo
Os preços do petróleo caminham para o maior ganho semanal em mais de três meses, com Donald Trump aumentando a pressão sobre os compradores de energia russa.
Petróleo WTI, +0,17%, a US$ 65,09 o barril
Petróleo Brent, +0,09%, a US$ 69,48 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, a agenda econômica traz o Índice PCE de agosto, a confiança do consumidor de setembro e discursos de membros do Fed (Federal Reserve).
Por aqui, no Brasil, o empresário Joesley Batista, da JBS, se reuniu com Donald Trump na Casa Branca para discutir o tarifaço de 50% sobre a carne brasileira e a importação de celulose. O encontro ocorreu semanas antes de o republicano acenar a Lula (PT) na ONU (Organização das Nações Unidas), defendendo aproximação com o Brasil. A JBS não comentou o caso, e a Casa Branca não respondeu.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
 
			        