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Os mercados globais amanhecem em trajetória positiva, nesta quinta-feira (11), enquanto os investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto. O dado é considerado crucial para confirmar um possível corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense) na próxima semana — com 92% de chance de redução de 0,25 ponto percentual, segundo a ferramenta CME FedWatch.
A leitura do CPI ocorre um dia após a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) surpreender com queda de 0,1% e em meio à desaceleração do mercado de trabalho. O foco também recai sobre os pedidos semanais de seguro-desemprego, divulgados hoje, e sobre a decisão do BCE (Banco Central Europeu), que avalia o futuro da taxa de juros em um cenário de estagnação econômica na zona do euro.
No Brasil, os investidores acompanham os dados de vendas no varejo, após a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrar deflação de 0,11% em agosto. À tarde, a Secretaria de Política Econômica apresenta o Boletim Macrofiscal e o Panorama Macroeconômico. No campo político, o STF (Supremo Tribunal Federal) deve concluir hoje o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com votos pendentes de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Brasil
O Ibovespa subiu 0,52% na quarta-feira (10), encerrando aos 142.348 pontos — o segundo maior patamar de fechamento da história (perdeu apenas para os 142.640,14 pontos de 5 de setembro último) —, após dois dias seguidos de queda. A valorização foi impulsionada pela expectativa crescente de corte de juros nos EUA, reforçada pela inesperada deflação no índice de preços ao produtor (PPI).
O dólar caiu 0,53%, a R$ 5,407, com o real se fortalecendo. Os juros futuros encerraram o dia mistos.
Apesar do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos animar os mercados, Wall Street adotou cautela à espera do CPI (inflação do consumidor), a ser divulgado nesta quinta-feira (11). No Brasil, a inflação oficial de agosto, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), teve deflação de 0,11%, abaixo do esperado, o que limitou o entusiasmo local.
Europa
As bolsas europeias avançam, enquanto investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu. A expectativa é de que a instituição mantenha inalterada sua principal taxa de depósito, atualmente em 2%.
STOXX 600: +0,33%
DAX (Alemanha): +0,04%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,49%
CAC 40 (França): +0,76%
FTSE MIB (Itália): +0,62%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA avançam hoje, antes da divulgação da inflação ao consumidor e outros dados econômicos, como pedidos semanais de auxílio-desemprego pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Os agentes também acompanharão a divulgação dos balanços da Kroger e Adobe.
Dow Jones Futuro: +0,08%
S&P 500 Futuro: +0,12%
Nasdaq Futuro: +0,19%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam de forma mista, mas com forte desempenho do Japão. O índice Nikkei 225 atingiu um recorde histórico, impulsionado pela expectativa de cortes nos juros nos EUA e dados positivos de inflação. O SoftBank Group subiu mais de 10%, após notícia de que a OpenAI fechou um acordo bilionário com a Oracle. A valorização reflete também a conexão do SoftBank com o projeto Stargate, apoiado pelo presidente Donald Trump.
Shanghai SE (China), +1,65%
Nikkei (Japão): +1,22%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,40%
Nifty 50 (Índia): +0,12%
ASX 200 (Austrália): -0,29%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no vermelho, uma vez que a fraca demanda nos Estados Unidos e os riscos generalizados de excesso de oferta neutralizaram as preocupações com os ataques no Oriente Médio e a guerra da Rússia na Ucrânia.
Petróleo WTI, -0,49%, a US$ 63,36 o barril
Petróleo Brent, -0,39%, a US$ 67,23 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados o relatório mensal da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), preços ao consumidor de agosto e seguro-desemprego semanal.
Na zona do euro, o BCE anuncia sua decisão sobre as taxas de juros.
Por aqui, no Brasil, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou prazo de 180 dias para que a Casa Civil inclua no portal do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) informações detalhadas sobre projetos financiados com recursos privados e o total de investimentos previstos entre 2023 e 2026. O TCU exige cronograma das obras, valores previstos, contrapartidas, execução física e financeira, orçamento inicial e final, além de justificativas sobre custos, prazos, impactos, benefícios e riscos de cada projeto.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg