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Megaoperação no RJ chama atenção internacional pelo número de mortos

por Schirlei Alves
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A megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV) ganhou ampla repercussão internacional. A ação, considerada uma das mais letais na história do estado, resultou em ao menos 64 mortes e 80 prisões, segundo dados oficiais.

A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes e incluiu confrontos intensos nos complexos do Alemão e da Penha, com relatos de uso de drones por membros do CV. Quatro policiais também morreram durante os combates.

Moradores das comunidades afetadas denunciaram agressões, omissão de socorro e o uso de casas de moradores por policiais para emboscadas, prática conhecida como “troia”, elevando o clima de tensão e o sofrimento da população local.

Cobertura internacional

A letalidade da operação chamou atenção de veículos de imprensa internacionais, que destacaram o elevado número de mortos e presos, e o impacto sobre a população local. Reportagens ressaltaram críticas de defensores de direitos humanos, que pedem investigação sobre possíveis abusos cometidos durante os confrontos.

A Associated Press destacou que a operação policial “foi uma das mais violentas da história recente do Brasil” e que pelo menos uma organização de direitos humanos “pediu investigação sobre cada morte”.


A Agência Reuters contextualizou os impactos da megaoperação e destacou a proximidade de eventos internacionais que devem ocorrer no Rio de Janeiro, como a C40 e o Earthshot Prize, cuja programação faz parte da preparação para a COP30.

O HuffPost Espanha chamou a megaoperação de “operação policial massiva e mortal contra drogas” e repercutiu as falas do governador Cláudio Castro e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

O argentino Clarin destacou os impactos sofridos pela população do Rio de Janeiro e ouviu moradores locais.




Críticas à violência

A operação reforçou críticas ao modelo de segurança pública adotado pelo estado, marcado por confrontos sangrentos e elevado número de mortes. Organizações de direitos humanos alertam para a violência e as práticas abusivas que acabam impactando diretamente na população.

O governador Cláudio Castro criticou a suposta falta de apoio federal, enquanto o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negou qualquer pedido formal do estado e ressaltou que operações como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) exigem procedimentos complexos e autorização formal dos governos estaduais.

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