Uma megaoperação integrada contra o Comando Vermelho (CV) foi deflagrada, na manhã desta sexta-feira (10), em vários pontos do Rio de Janeiro, no dia seguinte à morte, em tiroteio, de um dos chefes da facção. Até o momento, segundo a polícia, ao menos 6 suspeitos foram mortos em confrontos.
As mortes aconteceram de madrugada, em uma ação do 41º BPM (Irajá) no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. Segundo a PM, as equipes foram recebidas a tiros, houve revide, e 6 homens acabaram mortos.
A operação acontece nas comunidades: Bateau Mouche (Praça Seca): Batalhão de Choque;
Chacrinha (Praça Seca): Choque; Cidade de Deus: Bope; Complexo da Mangueirnha (Duque de Caxias): 15º BPM (Caxias); Gardênia Azul: Bope; Morro da Caixa D’Água (Quintino): Choque; Morro do Banco (Itanhangá): Polícia Civil; Morro do Dezoito (Água Santa): 3º BPM (Méier); Morro do Jordão (Taquara): Choque; Morro do Juramento (Vicente de Carvalho): 41º BPM (Irajá); Muzema (Itanhangá): Polícia Civil; Pendura-Saia (Praça Seca): Choque; Rio das Pedras: Polícia Civil — comunidade dominada pela milícia; Tijuquinha (Itanhangá): Polícia Civil; Vila Kennedy: 14º BPM (Bangu).
Uma clínica da família que atende a região de Rio das Pedras mantinha o atendimento à população, mas suspendeu as visitas domiciliares.
Operação Contenção
A mobilização desta sexta é mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente de combate ao avanço do CV por territórios do Rio de Janeiro. O objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da organização criminosa.
Fuzis apreendidos pela Polícia Militar em operação conjunta com a Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (10) no Rio. (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)
“Desde abril, 98 criminosos foram capturados e outros 10 foram neutralizados em confronto”, informou a Polícia Civil. Um desses “neutralizados” é Ygor Freitas de Andrade, o Matuê, apontado como chefe do tráfico da Gardênia Azul e da Chacrinha. Ele e 2 seguranças foram mortos ao reagir a tiros ao cerco da Polícia Civil.
Segundo a polícia, “Matuê” coordenava as invasões do CV às comunidades da região e era investigado por ter disparado o tiro que matou o policial civil José Antônio Lourenço, em maio. A polícia afirma que a comunidade da Chacrinha funciona como uma base estratégica do Comando Vermelho. É a partir desse ponto que os criminosos partem para expandir a atuação na Zona Oeste.