Por Gabriel Gomes
62,9% dos brasileiros são a favor da taxação de super-ricos para financiar programas de combate à
pobreza, fome e preservação ambiental. É o que aponta a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira (24). 32,8% são contra a medida e 4,3% não sabem.
Segundo o levantamento, o apoio à taxação de super-ricos é maior entre as mulheres (65,6%), entres os que possuem entre 60 e 100 anos (76,4%), com o Ensino Fundamental (74,6%), renda acima de 10 mil reais (71,4%), e agnósticos ou ateus (87,2%). Entre os que votaram no presidente Lula (PT) no segundo turno de 2022, o apoio à medida chega a 97,6%.
Para 55% dos entrevistados, uma pessoa a que recebe R$ 50 mil por mês é considerada rica. 28,3% consideram classe média e 15,1% classificam como super-rico. 1,2% não sabem.
A pesquisa ouviu 14.063 pessoas adultas brasileiras entre os dias 15 e 19 de outubro deste ano. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiança do levantamento é de 95%.
58,5% concordam com aumento de impostos para pessoas que ganham mais de R$ 50 mil como compensação para a isenção de IR
O levantamento da AtlasIntel/Bloomberg também aponta que 58,5% dos entrevistados concordam totalmente com a ideia do governo Lula (PT) de cobrar mais impostos de pessoas com renda acima de R$ 50 mil por mês para compensar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. 11,3% concordam parcialmente.
De acordo com a pesquisa, 19,8% discordam totalmente da ideia e 9,5% discordam parcialmente. 0,9% não sabem.
A proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e que também institui a tributação sobre lucros e dividendos foi aprovada pela Câmara dos Deputados e está em tramitação no Senado. Pelo texto atual, ficam isentos do IR os contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil, e lucros e dividendos acima de R$ 50 mil mensais (ou R$ 600 mil por ano) passam a ser tributados.
Se o governo federal aprovar no Congresso a isenção do IR, 40,3% teriam muito mais vontade de votar no presidente Lula e 4% teriam um pouco mais de vontade. 44,7% não mudariam a inclinação de voto. 10,6% teriam menos vontade de votar em Lula e 0,4% não sabem.
39,8% acreditam que Bolsonaro não teria adotado a isenção de IR se tivesse vencido a eleição de 2022
O levantamento apontou que 39,8% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não teria adotado a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil se tivesse sido eleito nas eleições de 2022, quando perdeu no segundo turno para Lula. 22,1% responderam que Bolsonaro “provavelmente não” teria adotado a medida.
17% acreditam que Bolsonaro adotaria a medida, se vencesse em 2022. 12,4% responderam que o ex-presidente “provavelmente” teria adotado e 8,4% não sabem.