Casa EconomiaJustiça suspende falência da Oi; União e Anatel devem apresentar soluções

Justiça suspende falência da Oi; União e Anatel devem apresentar soluções

por Fernanda Fiot
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A situação da Oi ganhou um novo capítulo. A Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a decisão que havia decretado a falência da operadora. A determinação, assinada pela desembargadora Mônica Maria Costa, restabelece o processo de recuperação judicial e obriga a companhia a seguir integralmente o plano aprovado pelos credores.

No mesmo despacho, a magistrada intimou a Anatel e o governo federal a apresentarem alternativas para garantir a continuidade de serviços essenciais — alguns deles vitais para o setor público.


A Oi é responsável por fornecer voz em 7.500 localidades, além de manter mais de 4.600 contratos governamentais, incluindo telefones de emergência do SUS, Ibama e forças policiais.

Segundo a desembargadora, interromper as operações da Oi causaria impactos diretos à sociedade e aos serviços públicos. Para ela, apesar das dificuldades financeiras, ainda existe possibilidade de recuperação:

A empresa está em sua segunda recuperação judicial.

Os resultados negativos recentes, embora graves, não justificariam a falência imediata.


Há indícios de problemas de gestão, citando gastos elevados com executivos e honorários jurídicos, incluindo profissionais contratados para o processo de Chapter 11 nos EUA.


A magistrada determinou ainda que Bruno Rezende permaneça como gestor judicial da companhia.

Oi acumula Dívidas e dificuldades operacionais

Atualmente, a Oi acumula uma dívida de R$ 11,2 bilhões. Entre maio e julho deste ano, a operação apresentou resultado negativo de R$ 313 milhões. Segundo a decisão, desde janeiro de 2025 os recebimentos mensais estão sistematicamente abaixo das despesas, aumentando o risco de falta de liquidez.

Mesmo após vender unidades importantes — como a operação móvel, a infraestrutura de banda larga e a rede de cobre — a empresa ainda mantém:

  • Oi Soluções, voltada ao mercado corporativo;
  • Serede, área de manutenção;
  • Tahto, setor de call center.

A desembargadora reforçou a necessidade de segurança jurídica para que a venda de ativos restantes ocorra de forma organizada dentro da recuperação judicial.

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