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A emissora americana ABC suspendeu por tempo indeterminado o talk show ‘Jimmy Kimmel Live!’ após declarações do apresentador sobre o assassinato de Charlie Kirk, um dos principais líderes conservadores dos Estados Unidos. O anúncio foi feito na quarta-feira (17), em meio a forte repercussão política.
Durante um monólogo exibido na segunda-feira (15), Jimmy Kimmel sugeriu que o acusado do crime, Tyler Robinson, estaria alinhado ao movimento pró-Trump. As falas rapidamente geraram reação, inclusive de autoridades e da própria empresa responsável pela transmissão do programa.
“A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”, disse Jimmy Kimmel, segundo a imprensa americana. “Entre uma acusação e outra, também houve luto.”
Andrew Alford, presidente da divisão de transmissão da Nexstar, parceira da ABC em afiliadas regionais, classificou as declarações como “ofensivas e insensíveis em um momento crítico do debate político nacional”.
A pressão aumentou quando Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), pediu que emissoras locais interrompessem a exibição do programa e ameaçou adotar medidas contra a ABC e a Disney.
Em monólogo no seu programa, apresentador sugeriu que acusado do crime seria pró-Trump. Empresa responsável pelo programa disse que comentários são ‘ofensivos’ (Foto: Reprodução)
Ataques a Jimmy Kimmel e programa
Em redes sociais, o presidente Donald Trump comemorou a suspensão e atacou o apresentador, dizendo que ele “não tem talento nenhum”. Kimmel, no entanto, é considerado uma das figuras mais populares da TV americana, tendo apresentado quatro edições do Oscar e conduzido seu talk-show por mais de 20 anos.
No ar desde 2003, o Jimmy Kimmel Live! mistura humor político com entrevistas de artistas internacionais. Recentemente, a brasileira Fernanda Torres participou do programa para promover o filme Ainda Estou Aqui.
A polêmica acontece em meio à comoção pela morte de Charlie Kirk, baleado em um evento universitário em Utah no início da semana. O ativista, fundador do grupo conservador Turning Point USA, era uma das principais vozes do movimento Make America Great Again (MAGA). O acusado pelo crime, Tyler Robinson, foi detido e pode enfrentar pena de morte.