Índice
Os índices futuros dos Estados Unidos operam em movimento positivo, nesta quarta-feira (24), em recuperação após queda na véspera. O movimento é apoiado por novos aportes do Alibaba em inteligência artificial e uma projeção otimista da Micron Technology, reforçando o entusiasmo global em torno do setor.
Na terça, Wall Street reagiu com cautela após o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell, manter o tom conservador em relação aos juros. Ele reconheceu os riscos da inflação persistente e disse que cortes, se vierem, serão graduais. Powell também alertou para a valorização excessiva das ações.
No radar corporativo, a Alibaba anunciou que ampliará seus investimentos em IA além da meta inicial de US$ 50 bilhões. A Micron, por sua vez, superou as expectativas e animou o mercado no after-market, sendo vista como termômetro para a indústria de chips e IA.
Com a agenda de indicadores esvaziada, o foco se volta para o discurso de Mary Daly, do Fed, e a divulgação da confiança do consumidor no Brasil.
Em Nova York, o presidente Lula participa de eventos na ONU (Organização das Nações Unidas) sobre democracia e clima, com coletiva marcada para a tarde.
Brasil
O Ibovespa fechou em alta de 0,91%, aos 146.424,94 pontos, maior patamar da história. A valorização foi puxada por expectativas de corte na Selic, após fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro defendeu redução dos juros e elogiou a condução de Gabriel Galípolo no Banco Central. Na Bolsa, Petrobras e grandes bancos lideraram os ganhos; MBRF3 estreou em queda. O encontro informal entre os presidentes Lula e Donald Trump na Assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) também repercutiu positivamente. O dólar caiu 1,10% e os juros futuros recuaram com o alívio no cenário político e econômico.
Europa
Os mercados europeus operam em queda nesta quarta, apesar da alta nas ações do setor de defesa. Empresas como Saab, Hensoldt e MilDef Group registram ganhos após declarações de Donald Trump sobre a guerra na Ucrânia. O presidente dos EUA afirmou que a Ucrânia tem chance de retomar territórios ocupados. Ele destacou a fragilidade econômica da Rússia e encorajou uma ofensiva ucraniana. As falas impulsionaram o otimismo entre investidores do setor militar.
STOXX 600: -0,32%
DAX (Alemanha): -0,09%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,22%
CAC 40 (França): -0,18%
FTSE MIB (Itália): -0,43%
Estados Unidos
Enquanto repercutem os anúncios de investimentos em inteligência artificial, os agentes aguardam a divulgação da inflação medida pelo PCE, indicador preferido do Federal Reserve, na sexta-feira (26). Após os comentários de Jerome Powell, os investidores estão ansiosos por garantias de que a inflação não está ameaçando as altas expectativas de mais dois cortes de juros este ano.
Dow Jones Futuro: +0,01%
S&P 500 Futuro: +0,12%
Nasdaq Futuro: +0,26%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, acompanhando o sentimento de Wall Street na véspera.
Shanghai SE (China), +0,83%
Nikkei (Japão): +0,30%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,37%
Nifty 50 (Índia): -0,22%
ASX 200 (Austrália): -0,92%
Petróleo
Os preços do petróleo avançam nesta quarta-feira, estendendo os ganhos da véspera, devido aos crescentes riscos ao fornecimento russo.
Petróleo WTI, +0,05%, a US$ 63,44 o barril
Petróleo Brent, +0,09%, a US$ 67,69 o barril
Agenda
Em dia de agenda esvaziada, os agentes ficarão atentos ao discurso de Mary Daly, membro do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Federal Reserve.
Por aqui, no Brasil, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado um projeto que corrige a tabela do Imposto de Renda, criando isenção para salários de até R$ 5 mil e descontos graduais até R$ 7.350. A proposta rivaliza com o texto do governo que tramita na Câmara e reacende o embate político com Arthur Lira (PP-AL), seu desafeto. O senador incluiu ainda um programa de regularização tributária para pessoas físicas de baixa renda.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg