Casa EconomiaÍndices futuros dos EUA operam perto da estabilidade; inflação é destaque no Brasil

Índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade; inflação é destaque no Brasil

por Adriana Cardoso
0 comentários
indices-futuros-dos-eua-operam-perto-da-estabilidade;-inflacao-e-destaque-no-brasil

Os índices futuros dos EUA operam próximos da estabilidade nesta quinta-feira (9), após S&P 500 e Nasdaq renovarem recordes na véspera. O rali das ações de tecnologia, especialmente ligadas à inteligência artificial, retomou força após breve pausa, impulsionando o otimismo dos investidores.

A ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense), divulgada ontem, indicou divisão entre os membros do comitê sobre a trajetória dos juros, mas reforçou a expectativa de novos cortes ainda este ano, o que contribuiu para o clima positivo nos mercados.

No Brasil, os investidores aguardam a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, com projeção de alta mensal de 0,52% e avanço de 5,22% em 12 meses, segundo a Reuters. O dado é crucial para os rumos da política de juros do Banco Central.

Em Brasília, o governo Lula sofreu nova derrota: a Câmara derrubou a MP alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), considerada estratégica pela equipe econômica. A decisão evidencia a resistência do Centrão às pautas do Planalto.

Lá fora, o dia também é marcado por uma série de discursos de autoridades do Fed. Jerome Powell, presidente da instituição, abre a agenda às 9h30, seguido por falas de Michelle Bowman, Randal Quarles e Mary Daly ao longo do dia.

Brasil

Após a maior queda em quase dois meses, o Ibovespa fechou a quarta-feira (8) com alta de 0,56%, aos 142.145,38 pontos, impulsionado pela recuperação das ações do setor financeiro.

O movimento ocorre em meio à tensão nos bastidores de Brasília, com o impasse na votação da Medida Provisória 1.303 — que propõe mudanças na tributação de investimentos financeiros, incluindo uma alíquota única de IR (imposto de Renda).

A Câmara dos Deputados decidiu a retirada da MP da pauta, o que fez com que a proposta caducasse. O que o presidente Lula chamou a decisão de “derrota do povo brasileiro”.

Parlamentares oposicionistas confirmaram que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi um dos principais responsáveis pela derrubada, que coloca desafios ao governo Lula para fechamento das contas em 2026, que preveem superávit de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto), no valor de R$ R$ 34,3 bilhões.

O dólar comercial ficou quase estável, fechando em -0,12%, a R$ 5,344. Os DIs (juros futuros) terminaram a quarta-feira com baixas por toda a curva.

Europa

Os mercados europeus operam sem direção definida após o anúncio da UE de tarifas mais duras sobre o aço importado. Na França, o presidente Emmanuel Macron promete nomear novo primeiro-ministro até esta sexta (10), evitando por ora eleições antecipadas. No setor corporativo, ações do HSBC caem 6% após proposta de privatização do Hang Seng Bank.

STOXX 600: -0,26%


DAX (Alemanha): +0,09%


FTSE 100 (Reino Unido): -0,40%


CAC 40 (França): -0,02%


FTSE MIB (Itália): -0,28%

Estados Unidos

Sem indicadores relevantes por conta da paralisação do governo dos EUA, investidores voltam atenções aos discursos do presidente do Fed, Jerome Powell, e outras autoridades nesta quinta. Também estão no radar os balanços de Delta Air Lines e PepsiCo, divulgados antes da abertura dos mercados.

Dow Jones Futuro: 0,00%


S&P 500 Futuro: -0,02%


Nasdaq Futuro: -0,02%

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta, impulsionados pela disparada de até 13% das ações da SoftBank após anúncio de aquisição da divisão de robótica da ABB por US$ 5,4 bilhões. Já a China ampliará restrições sobre terras raras, incluindo produtos fabricados no exterior, elevando tensões com os EUA.

Shanghai SE (China), +1,32%


Nikkei (Japão): +1,77%


Hang Seng Index (Hong Kong): -0,29%


Nifty 50 (Índia): +0,47%


ASX 200 (Austrália): +0,25%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em ligeira alta, enquanto os investidores se concentravam no alívio das tensões no Oriente Médio e nos maiores estoques dos EUA.

Petróleo WTI, +0,03%, a US$ 62,57 o barril


Petróleo Brent, +0,05%, a US$ 66,28 o barril

Agenda

O foco da agenda nos EUA são discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense). O presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, abre os trabalhos.

Por aqui, no Brasil, em setembro, a poupança no Brasil registrou saques líquidos de R$ 15,01 bilhões, o segundo maior do ano. O resultado elevou as retiradas acumuladas deste ano para R$ 78,47 bilhões, bem acima dos R$ 15,47 bilhões de 2024. O saldo negativo veio principalmente do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), com R$ 11,72 bilhões, enquanto a poupança rural teve saques de R$ 3,29 bilhões.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

você pode gostar