Casa EconomiaÍndices futuros dos EUA caem; ata do Copom e inflação são destaques no Brasil

Índices futuros dos EUA caem; ata do Copom e inflação são destaques no Brasil

por Adriana Cardoso
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Os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta terça-feira (11), após os recordes do fechamento dos mercados na véspera, refletindo cautela após a alta da véspera e o impasse sobre o fim da paralisação recorde do governo norte-americano, que já dura 41 dias. O Senado dos EUA aprovou uma medida de financiamento temporária por 60 votos a 40, o que pode encerrar o bloqueio já nesta quarta-feira (12).

No Brasil, o foco recai sobre a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que será divulgada nesta terça (11). O documento deve detalhar as razões que levaram o Banco Central a manter a Selic em 15% ao ano e oferecer pistas sobre o início de um possível ciclo de cortes.

Com a inflação ainda resistente — o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 5,17% em 12 meses —, o Boletim Focus interrompeu a sequência de revisões para baixo e manteve a projeção de 4,55% para 2025.

Ainda por aqui, empresas como B3, BTG Pactual, CVC, Movida e Porto divulgam hoje seus balanços do terceiro trimestre, em meio à expectativa por sinais sobre o impacto das taxas de juros na economia real.

Brasil

O Ibovespa fechou a segunda-feira (10) em alta de 0,77%, aos 155.257 pontos, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 155 mil e renovando o recorde histórico ao atingir 155,6 mil pontos durante o pregão. Foi a 14ª valorização consecutiva do principal índice da B3, em meio à queda do dólar comercial, que recuou 0,55%, para R$ 5,30, e à retração dos juros futuros.

Com a agenda doméstica esvaziada, as atenções se voltaram à abertura da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas). O presidente Lula (PT) afirmou que o evento será um “momento de impor nova derrota aos negacionistas”.

Entre as blue chips, Vale (VALE3) avançou 0,66%, e Petrobras (PETR4) subiu 0,56%, ajudando a sustentar o índice em território positivo, apesar de parte do mercado adotar uma postura mais cautelosa.

Europa

As bolsas europeias avançam positivamente hoje, acompanhando o movimento positivo de Wall Street na véspera, enquanto os investidores aguardam os resultados corporativos de SoftBank, Nebius, Munich Re, Grupo CEZ e Vodafone.

STOXX 600: +0,51%


DAX (Alemanha): +0,07%


FTSE 100 (Reino Unido): +1,09%


CAC 40 (França): +0,53%


FTSE MIB (Itália): +0,38%

Estados Unidos

Enquanto aguardam algum desfecho em torno da paralisação do governo dos EUA, os agentes aguardam a temporada de balanços. Por lá, a CoreWeave caiu mais de 5% no pregão estendido após a divulgação de seus resultados. Os investidores aguardam para esta semana os balanços do terceiro trimestre de Disney, Sony e Cisco.

Dow Jones Futuro: -0,08%


S&P 500 Futuro: -0,18%


Nasdaq Futuro: -0,29%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam mistas, revertendo os ganhos anteriores e destoando da tendência de Wall Street, que subiu com o otimismo renovado em relação à inteligência artificial.

Shanghai SE (China), -0,39%


Nikkei (Japão): -0,14%


Hang Seng Index (Hong Kong): +0,18%


Nifty 50 (Índia): +0,35%


ASX 200 (Austrália): -0,19%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, apagando parte dos ganhos da sessão anterior, à medida que as preocupações com o excesso de oferta superaram o otimismo em relação a uma possível resolução da paralisação do governo dos EUA.

Petróleo WTI, -0,40%, a US$ 59,89 o barril


Petróleo Brent, -0,28%, a US$ 63,88 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada nesta terça-feira.

Por aqui, no Brasil, em entrevista à CNN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou o trabalho de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central, afirmando que ele “tem coibido abusos no sistema financeiro”. Apesar disso, Haddad voltou a criticar a Selic em 15%, dizendo que há espaço para cortes. O ministro também afirmou que parte do setor financeiro, incluindo a Febraban, compartilha sua avaliação sobre a necessidade de reduzir os juros.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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