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Os índices futuros dos Estados Unidos começam a terça-feira (16) em leve alta, após os principais índices renovarem máximas históricas véspera. O foco dos investidores se volta para o início da reunião do Federal Reserve, o banco central estadunidense, que pode anunciar um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, impulsionado por sinais de fraqueza no mercado de trabalho norte-americano.
A expectativa aumenta com a confirmação de Stephen Miran para o conselho do Fed. Indicado pelo presidente Donald Trump, ele foi aprovado pelo Senado por 48 votos a 47 e já participa do encontro do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed, que começa hoje. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (17), acompanhada de novas projeções econômicas e coletiva do presidente do BC, Jerome Powell.
No Brasil, o mercado repercute a taxa de desemprego de julho, que influencia as expectativas sobre os próximos passos do Banco Central. Amanhã, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC também anuncia sua decisão sobre os juros.
A agenda do dia também inclui dados sobre varejo, produção industrial e estoques nos EUA, além da participação de Fernando Haddad e Hugo Motta em seminário sobre justiça tributária em Brasília.
Brasil
O Ibovespa encerrou a segunda-feira (15) com alta de 0,90%, aos 143.546,58 pontos — novo recorde de fechamento, superando a marca anterior de 11 de setembro (143.150,84). Na máxima intradiária, o índice chegou a 144.193,58 pontos, também o maior nível histórico.
Apesar do desempenho impressionante, o movimento foi embalado por baixa liquidez: o volume financeiro girou pouco acima de R$ 1 bilhão. O mercado opera em compasso de espera pela “Superquarta” (17), quando haverá decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O Copom anuncia sua decisão após o fechamento do mercado financeiro, enquanto o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) divulga sua taxa às 15h (horário de Brasília).
O dólar comercial caiu 0,61%, para R$ 5,321 — menor valor desde 6 de junho (R$ 5,256). Os DIs também recuaram, refletindo o apetite por risco.
Europa
Os mercados europeus operam em leve baixa, com atenção voltada às negociações entre EUA e China. O Reino Unido se prepara para receber o presidente dos EUA, Donald Trump, em visita de Estado. Trump e a primeira-dama, Melania, se encontrarão com o rei Charles e a rainha Camilla, além do premiê Keir Starmer durante a estadia.
STOXX 600: -0,22%
DAX (Alemanha): -0,45%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,20%
CAC 40 (França): -0,23%
FTSE MIB (Itália): -0,51%
Estados Unidos
Wall Street encerrou a segunda-feira em alta, com S&P 500 e Nasdaq atingindo recordes históricos de fechamento. Investidores reagiram positivamente às declarações de Donald Trump sobre avanços nas negociações comerciais com a China. Além da decisão do Fed, o mercado monitora dados econômicos que serão divulgados nesta terça-feira.
Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: +0,14%
Nasdaq Futuro: +0,24%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta, com o Nikkei 225 superando os 45 mil pontos pela primeira vez. O otimismo foi impulsionado por avanços nas negociações EUA-China e acordo sobre a transferência do TikTok. Na Coreia do Sul, o Kospi renovou recorde após recuo do governo em proposta de taxação de ganhos em ações.
Shanghai SE (China), +0,04%
Nikkei (Japão): +0,30%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,12%
Nifty 50 (Índia): +0,43%
ASX 200 (Austrália): +0,28%
Petróleo
Os preços do petróleo registram leve queda após avanço na véspera. Na última segunda-feira, a commodity subiu com os investidores avaliando o impacto dos ataques de drones ucranianos às refinarias russas.
Petróleo WTI, -0,38%, a US$ 63,06 o barril
Petróleo Brent, -0,39%, a US$ 67,18 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados das vendas no varejo e produção industrial, ambos de agosto, e estoques empresariais de julho.
Por aqui, no Brasil, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que vai pautar na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado um projeto alternativo que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A iniciativa busca agilizar a medida, que está parada na Câmara, e pressionar o deputado Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto original. O texto também prevê desconto parcial para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350 e cria alíquota progressiva de até 10% para ganhos acima de R$ 600 mil por ano.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg