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Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, nesta manhã de quarta-feira (17), assim como a maioria das bolsas europeias. O foco dos agentes está na chamada “Superquarta”, marcada pelas decisões de juros do Fed (Federal Reserve) e do Banco Central do Brasil.
Já o dólar segue enfraquecido, próximo do menor nível desde 2022, segundo indicador da Bloomberg.
Com as ações perto de recordes, o clima calmo esconde a incerteza quanto ao tom do Fed. O mercado já precifica um corte de 0,25 ponto percentual nesta reunião e projeta mais três até abril de 2026. O desafio do banco central norte-americano é equilibrar o controle da inflação com a preservação do mercado de trabalho.
Nos EUA, o rendimento dos Treasuries de 10 anos está em 4,02%, e o ouro recua após bater brevemente os US$ 3.700 a onça.
No Brasil, a expectativa é de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, em meio ao esforço do BC para sustentar a credibilidade da política monetária.
Também serão divulgados hoje o IGP-10 de setembro e o fluxo cambial semanal. Nos EUA, saem os dados de início de construções residenciais em agosto.
Brasil
O Ibovespa encerrou a terça-feira (16) com alta de 0,36%, aos 144.061,74 pontos — novo recorde histórico de fechamento e primeira vez acima dos 144 mil. A máxima intradiária também foi inédita, atingindo 144.584,10 pontos. O avanço, ainda que discreto, mostra resiliência do mercado brasileiro em um cenário global de cautela.
A valorização do real frente ao dólar, com a moeda americana caindo 0,43% e fechando a R$ 5,298, refletiu esse otimismo local. Os juros futuros (DIs) também recuaram, em toda a curva, antecipando um ambiente mais favorável à redução da taxa básica de juros, a Selic, mesmo com a expectativa de manutenção dos juros na decisão que será anunciada nesta quarta-feira (17) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil.
Europa
A maioria das bolsas europeias operam no campo negativo, exceto o índice Stoxx 600, que sobe 0,6%, puxado por ganhos generalizados entre os setores; e o FTSE 100, do Reino Unido. Investidores aguardam a decisão do Federal Reserve, que deve cortar os juros nesta quarta-feira, com impactos nos principais mercados.
STOXX 600: + 0,06%
DAX (Alemanha):-0,29%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,18%
CAC 40 (França): -0,04%
FTSE MIB (Itália): -0,47%
Estados Unidos
Os futuros começam o dia em baixa, estendendo as perdas da véspera, com os investidores desistindo de suas apostas antes da decisão da taxa de juros do Federal Reserve nesta quarta-feira.
Dow Jones Futuro: -0,01%
S&P 500 Futuro: -0,06%
Nasdaq Futuro: -0,08%
Ásia
O índice Nikkei 225 superou os 45.000 pontos pela primeira vez, impulsionado pelo otimismo em relação às negociações comerciais entre EUA e China. O índice fechou em alta de 0,3%, aos 44.902,27 pontos. O acordo sobre o desinvestimento do TikTok também ganhou destaque nas conversas bilaterais.
Shanghai SE (China), +0,37%
Nikkei (Japão): -0,25%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,78%
Nifty 50 (Índia): +0,24%
ASX 200 (Austrália): -0,67%
Petróleo
Os preços do petróleo se mantiveram estáveis no início do pregão de hoje, após subirem mais de 1% na sessão anterior devido aos ataques de drones a portos e refinarias russos.
Petróleo WTI, -0,74%, a US$ 64,04 o barril
Petróleo Brent, -0,74%, a US$ 67,96 o barril
Agenda
Nos EUA, saem os dados do início de construções de agosto, mas o foco será a decisão do Federal Reserve e a entrevista de Jerome Powell, presidente da instituição, na sequência.
Por aqui, no Brasil, a indústria brasileira de madeira registrou cerca de 4.000 demissões em função das tarifas aplicadas pelo governo Donald Trump, que reduziram drasticamente as exportações aos EUA, principal destino do setor. Além disso, há 5.500 trabalhadores em férias coletivas e 1.100 em demissão em massa, e a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) projeta novas perdas caso a política tarifária persista. A associação critica a falta de negociação direta do governo federal e defende soluções bilaterais para reduzir o impacto sobre o mercado.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg