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Índices futuros avançam após tombo com vendas de ações de tecnologia

por Adriana Cardoso
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Os índices futuros de Nova York operam em alta nesta sexta-feira (7), revertendo parte das perdas da véspera, quando uma onda de vendas liderada por empresas de tecnologia derrubou Wall Street. Papéis de gigantes da inteligência artificial como Nvidia, Microsoft, Palantir, Broadcom e AMD foram os mais penalizados.

O pessimismo do mercado foi agravado por dados que mostraram o maior número de cortes de empregos em outubro em mais de 20 anos, segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas.

No Brasil, o destaque fica com o balanço da Petrobras (PETR3; PETR4), que reportou lucro líquido de US$ 6,02 bilhões no terceiro trimestre, alta de 2,7% em relação a 2024, apesar da queda de 13,9% nos preços do petróleo. O Ebitda ajustado cresceu 2,2%, somando US$ 11,7 bilhões, e a estatal anunciou R$ 12,2 bilhões em dividendos (R$ 0,94 por ação).

Na agenda política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de reunião com líderes internacionais sobre transição energética, antes da abertura da COP30 (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas). Já o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, fala na B3 às 14h.

Entre os indicadores, o mercado acompanha hoje a divulgação do IGP-DI de outubro (8h), o Índice de Preços do Produtor (9h) e os dados da produção industrial de setembro (10h). No exterior, investidores monitoram o encontro entre Donald Trump e o premiê húngaro Viktor Orbán, em Washington, e participações de dirigentes do Federal Reserve em eventos públicos.

Brasil

O Ibovespa, principal índice da Bolsa Brasileira (B3), encerrou o pregão de quinta-feira (6) com leve alta de 0,16%, aos 153.543,46 pontos, um ganho de apenas 249,02 pontos. Na véspera, o índice havia ultrapassado os 153 mil pontos, em mais um recorde histórico.

Foi a 12ª alta consecutiva do Ibovespa — a mais longa desde 1997 — e o nono recorde seguido, sustentado por balanços corporativos positivos, na contramão da retomada da aversão ao risco no cenário externo.

Ao longo do dia, o Ibovespa chegou a 154.352 pontos, mas perdeu força à medida que houve piora nas bolsas de Nova York. Analistas apontam que, no cenário internacional, há um movimento de correção nas ações de tecnologia.

Já o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações cotado a R$ 5,3489, com queda de 0,23%.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, recuperando parte das perdas da sessão anterior em meio a preocupações com uma bolha da inteligência artificial.

STOXX 600: -0,02%


DAX (Alemanha): +0,07%


FTSE 100 (Reino Unido): -0,26%


CAC 40 (França): +0,06%


FTSE MIB (Itália): +0,24%

Estados Unidos

Os três principais índices de Wall Street acumulam quedas nesta semana, com perdas registradas de forma intermitente desde terça-feira, após o recuo das principais empresas de inteligência artificial, em meio a temores de uma possível bolha de tecnologia.

Em outra frente, as ações da Tesla subiram 1,6% no pregão estendido após seus acionistas aprovarem um pacote de remuneração de US$ 1 trilhão para o CEO Elon Musk.

Dow Jones Futuro: +0,09%


S&P 500 Futuro: +0,15%


Nasdaq Futuro: +0,17%

Ásia

Seguindo Wall Street na véspera, as bolsas asiát fecharam com baixa. Por lá, as ações de tecnologia têm forte peso, especialmente sobre os indicadores Nikkei e Hang Seng.

Shanghai SE (China), -0,25%


Nikkei (Japão): -1,19%


Hang Seng Index (Hong Kong): -0,92%


Nifty 50 (Índia): -0,11%


ASX 200 (Austrália): -0,66%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem, após três dias de quedas devido a preocupações com o excesso de oferta e a desaceleração da demanda nos EUA.

Petróleo WTI, +0,77%, a US$ 59,89 o barril


Petróleo Brent, +0,69%, a US$ 63,82 o barril

Agenda

Agenda macroeconômica fraca nesta sexta-feira. Nos EUA, estão previstos apenas discursos de membros do Federal Reserve, o banco central estadunidense.

Por aqui, no Brasil, o Tesouro Nacional captou US$ 2,25 bilhões em sua terceira emissão de títulos sustentáveis em dólares, com vencimentos em 2033 e 2035. A demanda superou cerca de três vezes o volume ofertado, com taxas de retorno de 5,75% e 6,2% ao ano, respectivamente. A operação destina os recursos a projetos de sustentabilidade e foi liderada por Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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