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A semana começa com os índices futuros operando em leve alta nos Estados Unidos, à espera da decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) na quarta-feira (17). A aposta majoritária — 96%, segundo a ferramenta CME FedWatch — é de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, motivado por dados recentes de fraqueza no mercado de trabalho e pressão inflacionária.
Além da taxa, o Fed divulgará novas projeções econômicas e o chairman da autoridade monetária, Jerome Powell, concederá coletiva após o anúncio da decisão, eventos que devem sinalizar os próximos passos do banco central estadunidense.
Na mesma quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil também divulgará sua decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic. Por aqui, a expectativa é de manutenção dos juros.
No radar desta segunda-feira (15), estão o Boletim Focus e o IBC-Br de julho, que servem como termômetros da atividade econômica no país.
Externamente, dados da China mostraram desaceleração econômica mais intensa em agosto. Vendas no varejo e produção industrial vieram abaixo do esperado, reforçando preocupações com a demanda interna e o impacto de medidas regulatórias.
Negociações comerciais entre China e EUA seguem na Espanha, enquanto investidores monitoram a possível nomeação de Stephen Miran ao Fed.
Brasil
O Ibovespa encerrou a semana praticamente estável, aos 142.272 pontos, com leve queda de 0,26%. A perda de 0,61% na sexta-feira (12) apagou os ganhos dos dois dias anteriores. Porém, no mês, o índice ainda sobe 0,6% e acumula alta de 18,3% no ano. O movimento de sexta refletiu a realização de lucros após os recordes recentes e um cenário de maior cautela política.
Apesar da estabilidade, cresceu entre os investidores a expectativa de três cortes de juros nos EUA, o que fortalece a perspectiva de afrouxamento monetário também no Brasil.
No câmbio, o dólar comercial recuou 0,70%, a R$ 5,354, menor valor desde 10 de junho. A moeda brasileira descolou do pessimismo local e refletiu fluxo externo positivo. Os juros futuros encerraram o dia com variações mistas.
Europa
Os mercados europeus operam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, à espera da decisão do Federal Reserve na quarta-feira. O Reino Unido vive semana agitada com a visita de Estado de Donald Trump, que se reunirá com o rei Charles e o premiê Keir Starmer. Na agenda econômica, destaque para os dados de inflação britânica. Apesar disso, o Banco da Inglaterra deve manter os juros inalterados.
STOXX 600: +0,49%
DAX (Alemanha): +0,55%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,22%
CAC 40 (França): +1,23%
FTSE MIB (Itália): +1,07%
Estados Unidos
Investidores acompanham o Senado dos EUA para saber se Stephen Miran será confirmado a tempo como governador do Fed antes da reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto). Nesta segunda, será divulgado o Índice de Manufatura do Empire State. A projeção é de 4,5 pontos, abaixo dos 11,9 registrados anteriormente. O dado pode reforçar expectativas de corte de juros.
Dow Jones Futuro: +0,19%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,01%
Ásia
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam sem direção única, com destaque para o Kospi, que atingiu recorde após o governo sul-coreano recuar em aumento de impostos sobre ações. Foi a 10ª alta seguida do índice. Enquanto isso, EUA e China retomaram negociações em Madri, discutindo segurança, tarifas e o futuro do TikTok.
Shanghai SE (China), -0,26%
Nikkei (Japão): fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,24%
Nifty 50 (Índia): -0,11%
ASX 200 (Austrália): -0,13%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem, enquanto investidores avaliavam o impacto dos ataques de drones ucranianos às refinarias russas, que poderiam interromper suas exportações de petróleo bruto e combustível, enquanto também observavam o crescimento da demanda por combustível nos EUA.
Petróleo WTI, +0,49%, a US$ 63,00 o barril
Petróleo Brent, +0,45%, a US$ 67,29 o barril
Agenda
Saem hoje nos EUA os dados do Índice de Manufatura do Empire State.
Por aqui, no Brasil, o número de empresas inadimplentes no Brasil chegou a 8 milhões de CNPJs em julho, novo recorde, segundo a Serasa Experian. O volume cresceu 16% em relação a 2024 e já soma sete meses seguidos de alta, sendo 7,6 milhões de pequenas e médias empresas. O valor total das dívidas atingiu R$ 193,4 bilhões, com média de R$ 3.302,30 por empresa.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg