O Ibovespa fechou a quarta-feira (15) com alta de 0,65%, aos 142.603 pontos, puxado por Vale (1,86%) e bancos, em um dia de alívio para o dólar comercial, que caiu 0,13%, a R$ 5,462. O real se beneficiou da expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve, o banco central estadunidense, em outubro, apesar da instabilidade nos juros futuros.
No Brasil, o clima político teve atrito público entre Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, durante um evento no Rio. Lula criticou duramente o Congresso por deixar caducar a MP (medida provisória) do ajuste fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta recuperar o texto no Senado.
O presidente brasileiro também confirmou uma reunião entre Brasil e Estados Unidos, nesta quinta-feira (16), sobre o tarifaço – a taxação extra aos produtos brasileiros exportados para aquele país. Este será o primeiro encontro entre as autoridades dos dois países após a conversa entre o petista e o presidente Donald Trump, no início deste mês.
“Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, brincou Lula hoje, ao comentar a videoconferência realizada na semana passada com o estadunidense.
Ainda por aqui, as vendas do comércio variaram 0,2% em agosto, na comparação com julho, interrompendo sequência de quatro resultados negativos. Em relação a agosto de 2024, o resultado positivo (0,4%) é o quinto consecutivo. No ano, o varejo acumulou crescimento de 1,6%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Argentina recebe socorro dos EUA
Do lado do Brasil, na vizinha Argentina, os ativos reagiram fortemente à sinalização de que os Estados Unidos devem apoiar Javier Milei com US$ 40 bilhões — incluindo uma linha de crédito privada e operações cambiais diretas. A notícia impulsionou os títulos soberanos do país.
Mercado externo
Em Nova York, o clima foi mais instável: os índices oscilaram e fecharam mistos, enquanto a temporada de balanços animou com resultados acima do esperado do Morgan Stanley. Ainda assim, o mercado segue pressionado por incertezas como o impasse fiscal dos EUA e tensões com a China. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a volatilidade não mudará a postura americana nas negociações com Pequim.
Quem continua brilhando é o ouro, que segue disparado, ultrapassando os US$ 4,2 mil a onça, enquanto na Europa, ações do setor de luxo impulsionaram os índices locais.
O Dow Jones caiu 0,04%, aos 46.253,62 pontos; o S&P 500, +0,40%, aos 6.671,05 pontos; e o Nasdaq, +0,6%, aos 22.670,08 pontos.