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O Ibovespa renovou nesta quinta-feira (11) sua máxima histórica intradiária ao ultrapassar os 144 mil pontos, sustentado pela crescente expectativa de cortes nos juros dos Estados Unidos. No fechamento, o índice avançou 0,56%, aos 143.150 pontos — alta de 0,36% na semana e 1,22% em setembro. No acumulado de 2025, a valorização já chega a 19%.
O dólar também refletiu o movimento e recuou 0,27%, cotado a R$ 5,39. A moeda acumula queda de 0,55% em setembro e de 12,75% no ano.
A queda nas taxas dos Treasuries, combinada com a sinalização de um ciclo de afrouxamento monetário pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), favoreceu o apetite global por risco e abriu espaço para o Banco Central brasileiro antecipar a discussão sobre redução da taxa Selic.
No mercado norte-americano, a ferramenta do CME Group passou a precificar três cortes de 0,25 ponto percentual nos juros do Fed até o fim de 2025. Apesar da pressão inflacionária reacendida pelo CPI (inflação do consumidor), a fragilidade do mercado de trabalho norte-americano reforça a necessidade de estímulos.
Por aqui, a aprovação do presidente Lula (PT) subiu para 33%, segundo o Datafolha.
Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nova queda nas vendas do varejo em julho, completando quatro meses seguidos de retração, mas em linha com o esperado.
Entre os destaques do pregão, Vale (VALE3) subiu 0,78% mesmo com o recuo do minério de ferro. Bancos também avançaram: Banco do Brasil (BBAS3) teve alta de 0,77% e já acumula ganho de 20% desde a mínima do ano, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em leve alta de 0,18%.
Mercado externo
No exterior, os mercados fecharam em alta tanto nos EUA quanto na Europa, apesar das tensões geopolíticas no continente. O BCE (Banco Central Europeu) manteve os juros em 2%, reforçando o discurso de cautela frente aos riscos inflacionários e à desaceleração econômica.
O Dow Jones subiu 1,36%, aos 46.107,79 pontos; o S&P 500, +0,85%, aos 6.587,45 pontos; e o Nasdaq, +0,72%, aos 22.043,07 pontos.