O Ibovespa fechou em queda de 0,49% nesta quarta-feira (1º), aos 145.517 pontos, interrompendo momentaneamente a sequência de recordes — mas sem perder o viés positivo. A leve realização reflete um dia de menor apetite por risco diante da paralisação do governo dos EUA (shutdown), que ganhou protagonismo nos mercados globais.
Enquanto isso, o dólar comercial oscilou perto da estabilidade e subiu 0,11%, a R$ 5,329, acompanhando a fraqueza generalizada da moeda americana. Já os juros futuros mantiveram a tendência de queda ao longo da curva, embora com pouco fôlego.
Nos Estados Unidos, a ausência de acordo no Congresso travou parte das operações do governo federal. O impasse político deve atrasar a divulgação do payroll — principal relatório sobre o mercado de trabalho —, dificultando a leitura do Federal Reserve sobre o rumo da política monetária. Para o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, a situação representa “trabalhar no escuro”.
No Brasil, a falta de definição sobre um encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump sinaliza que os efeitos da paralisia americana também atingem a diplomacia regional.
Entre as ações, bancos pesaram sobre o índice: Itaú (-1,81%), Bradesco (-1,70%), Santander (-1,53%) e Banco do Brasil (-0,72%). A Petrobras recuou 0,25% com o petróleo em queda. Já a Vale subiu 1,27%, na terceira alta consecutiva.
Mercado externo
Apesar da tensão, Wall Street fechou em alta, com o S&P 500 renovando máxima histórica, sustentado pela aposta de que o shutdown será breve.
O Dow Jones subiu 0,09%, aos 46.441,04 pontos; o S&P 500, +0,34%, aos 6.711,18 pontos; e o Nasdaq, +0,42%, aos 22.755,15 pontos.