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O Ibovespa encerrou a semana praticamente estável, aos 142.272 pontos, com leve queda de 0,26%. A perda de 0,61% nesta sexta-feira (12) apagou os ganhos dos dois dias anteriores. Porém, no mês, o índice ainda sobe 0,6% e acumula alta de 18,3% no ano. O movimento de hoje refletiu a realização de lucros após os recordes recentes e um cenário de maior cautela política.
Apesar da estabilidade, cresceu entre os investidores a expectativa de três cortes de juros nos EUA, o que fortalece a perspectiva de afrouxamento monetário também no Brasil.
No câmbio, o dólar comercial recuou 0,70%, a R$ 5,354, menor valor desde 10 de junho. A moeda brasileira descolou do pessimismo local e refletiu fluxo externo positivo. Os juros futuros encerraram o dia com variações mistas.
A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe adicionou incerteza ao ambiente político, com parte do mercado temendo reações diplomáticas dos Estados Unidos, especialmente sob a possível ampliação da Lei Magnitsky por Donald Trump.
Na prática, contudo, os Estados Unidos anunciaram a exclusão da celulose e do ferro-níquel da lista de produtos sujeitos às sobretaxas, abrindo espaço para que 25,1% das exportações brasileiras ao país fiquem livres do tarifaço implementado por Trump.
Para o governo Lula, o cenário é favorável: o avanço da aprovação presidencial e os dados sólidos do setor de serviços — que cresceram pelo 16º mês seguido — sustentam uma leitura positiva do mercado interno, ainda que com ressalvas.
Entre as ações, Vale e Petrobras fecharam em queda, enquanto os grandes bancos pesaram no índice. BB foi a exceção, com leve alta de 0,41%.
Mercado externo
Em Wall Street, as atenções se voltam para o esperado corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana. O Nasdaq renovou máximas, enquanto o Dow Jones recuou.
O Dow Jones fechou o dia com baixa de 0,59%, mas encerrou a semana com alta de 0,95%; o S&P 500, com -0,05% e +1,58%, respectivamente; e o Nasdaq, com +0,45% e +2,03%.