Casa EconomiaIbovespa ignora exterior e fecha em alta puxado por Vale, Petrobras e bancos

Ibovespa ignora exterior e fecha em alta puxado por Vale, Petrobras e bancos

por Adriana Cardoso
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Em um dia marcado por forte aversão ao risco nos mercados internacionais, o Ibovespa contrariou a tendência global e encerrou a sessão desta quarta-feira (22) em alta de 0,55%, aos 144.872,79 pontos — um avanço de 787,64 pontos. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelas ações da Vale, Petrobras e grandes bancos, que ganharam tração diante de fatores domésticos e externos favoráveis.

Enquanto os principais índices de Nova York recuaram de forma consistente, refletindo preocupações com as relações comerciais entre Estados Unidos e China, o mercado brasileiro manteve o foco em fundamentos locais e na valorização de commodities estratégicas para a economia nacional.

A mineradora Vale (VALE3) subiu 1,78% após divulgar resultados de produção considerados sólidos por analistas. O desempenho positivo foi reforçado pela alta do minério de ferro na China, um dos principais destinos das exportações da companhia.

A Petrobras (PETR4) também teve um pregão positivo, com avanço de 1,15%, em meio à alta do petróleo no mercado internacional e ao êxito da empresa em leilões do pré-sal promovidos pela ANP. Já o setor bancário contribuiu com ganhos de Itaú Unibanco (ITUB4), que subiu 0,82% na máxima do dia, e Banco do Brasil (BBAS3), com alta de 0,73%.

No câmbio, o dólar comercial registrou leve alta de 0,14%, cotado a R$ 5,397. Apesar da valorização, o movimento foi contido frente ao desempenho positivo da Bolsa e à percepção de continuidade no ciclo de queda dos juros futuros (DIs), que recuaram novamente em toda a curva.

Outro destaque do dia foi o ouro, que voltou a cair após sequência de recordes recentes, refletindo o movimento de realização de lucros em meio à alta volatilidade.

No campo político, há expectativa para um possível encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Ásia, no domingo (26), durante evento na Malásia.

Mercado externo

No cenário externo, as tensões entre EUA e China voltaram a ganhar destaque após a Reuters reportar que a Casa Branca avalia impor restrições a softwares desenvolvidos com tecnologia norte-americana destinados ao mercado chinês. A medida, ainda em discussão, alimenta incertezas sobre o futuro das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Além disso, os EUA enfrentam a mais longa paralisação do governo federal em sua história, já ultrapassando os 22 dias. A ausência de um acordo no Congresso amplia o clima de insegurança nos mercados globais.

O Dow Jones caiu 0,71%, aos 46.590,41 pontos; o S&P 500, -0,53%, aos 6.699,44 pontos; e o Nasdaq, -0,93%, aos 22.740,39 pontos.

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