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O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (18) com leve queda de 0,06%, aos 145.499,99 pontos, interrompendo uma sequência de três dias de recordes. A baixa foi modesta — apenas 94 pontos —, mas reflete o início de uma correção após forte otimismo alimentado pela queda dos juros nos EUA e o apetite externo por risco.
O alívio recente esbarrou na realidade doméstica: o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, com um comunicado mais duro que o esperado, o que reduziu apostas em cortes no curto prazo. A postura conservadora do Banco Central pressionou os juros futuros, que avançaram por toda a curva.
No câmbio, o real teve leve valorização de 0,33%, a R$ 5,319, mas o movimento foi discreto frente à revisão para cima nas projeções de dólar por analistas.
No cenário político, o Congresso voltou a gerar ruído ao postergar a votação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e avançar com pautas de interesse próprio. O presidente Lula prometeu reagir e citou diretamente a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem.
De volta ao Brasil, a leve queda do Ibovespa só não foi maior porque Banco do Brasil (BBAS3) subiu 1,05%. Já Vale (VALE3) recuou 0,19% com queda do minério de ferro, e Petrobras (PETR4) caiu 0,98%, acompanhando o petróleo. Bradesco (BBDC4) também pesou, com queda de 1,02%, enquanto Itaú (ITUB4) virou para alta de 0,13%.
Mercado externo
Em Wall Street, o tom foi inverso: o mercado subiu com a confirmação do corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) e o anúncio de uma parceria entre Nvidia e Intel, que impulsionou ações de tecnologia. Na Europa, os protestos na França contra reformas do presidente Macron e a manutenção dos juros no Reino Unido marcaram o dia.
O Dow Jones subiu 0,27%, aos 46.142,30 pontos; o S&P 500, +0,48%, aos 6.631,92 pontos; e o Nasdaq, +0,94%, aos 22.470,72 pontos.