Casa Economia‘Há uma milicianização da política’, diz Talíria Petrone sobre denúncias do ICL sobre Rueda

‘Há uma milicianização da política’, diz Talíria Petrone sobre denúncias do ICL sobre Rueda

por Laura Kotscho
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Na última sexta-feira (10), a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), acionou a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal para que investiguem uma possível participação do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, em uma reunião com o chefe de um esquema do PCC que negociava venda de empresa de gás. A denúncia foi divulgada com exclusividade pelos jornalistas do ICL Notícias Alice Maciel e Flávio VM Costa.

De acordo com três fontes ouvidas pelo ICL Notícias, Rueda convidou o executivo do setor de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para se encontrar com Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco” — que se apresentou na ocasião como investidor da TankGás. Hoje, “Beto Louco” está foragido da polícia.

Nas redes sociais, Talíria afirmou: “Mais uma vez fica escancarada a relação da cúpula da direita com o crime organizado. Vamos para cima dos inimigos do povo”.

🚨 ALERTA! Acionei a PGR e a Polícia Federal sobre a reunião do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, com chefe de esquema do PCC que negociava venda de empresa de gás. Mais uma vez, fica escancarada a relação da cúpula da direita com o crime organizado. Precisamos que sejam… pic.twitter.com/73YwAEuaAT

— Talíria Petrone (@taliriapetrone) October 10, 2025

Na manhã desta segunda-feira (13), a líder da bancada do PSOL na Câmara concedeu entrevista para o ICL Notícias 1ª edição. Talíria afirmou que a relação de Rueda — integrante da cúpula da política brasileira — com o crime organizado demonstra uma “Milicianização da política a nível nacional”. A deputada explicou que o relacionamento entre os dois ‘setores’ não novidade: “Eu sou do Rio de Janeiro, e aqui é um estado onde fica muito evidente uma relação nojenta, mas intrínseca entre crime e política. Foi no Rio que Marielle Franco foi executada”.

Segundo a deputada, essa relação tem nome: milícia – criminosos que contam com um papel muito grande do Estado. “Há uma interseção entre políticos, o capital financeiro e o braço armado […] O PCC é uma organização miliciana porque há um projeto de poder que não funciona sem a política”, afirmou Talíria.

“É impossível consolidar a democracia quando o crime organizado tem um papel tão importante nos rumos da política brasileira. Enquanto crime e política continuarem se entrelaçando de maneira avassaladora, a gente vai ter a política sendo vendida para organizações criminosas”, afirmou a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ)

A deputada federal Talíria Petrone (Divulgação)

De acordo com a deputada, entrar com um pedido na PGR para que seja aberta uma investigação sobre o caso é não fechar os olhos para uma denúncia grave: “Se você tem um presidente de um grande partido, como o União Brasil, que operou fortemente para avançar a PEC da Blindagem na Câmara, que protegia os presidentes de partido, envolvido em um possível escândalo com o PCC, o crime organizado, o capital financeiro e as fintechs, você precisa investigar. Não dá para a gente se silenciar diante disso”.

PEC Para Talíria, a tentativa de avançar com a PEC da Blindagem é um indício claro de que crime organizado e política estão andando juntos: “É a expressão de uma tentativa de parte dos partidos do Congresso Nacional de proteger a cúpula da política brasileira frente os seus possíveis crimes”.

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