O governo dos Estados Unidos, por meio da Divisão Antidrogas (DEA), enviou uma carta ao secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, Victor Santos, manifestando pesar pela morte de quatro policiais durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na semana passada.
O documento, assinado por James Sparks, representante da DEA e vinculado ao Consulado-Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro –, descreve a morte dos agentes como uma “trágica perda” e presta homenagem ao trabalho das forças de segurança fluminenses.
“É com profundo pesar que expressamos nossas mais sinceras condolências pela trágica perda dos quatro policiais que tombaram no cumprimento do dever durante a recente Operação Contenção no Complexo do Alemão. Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício, e reconhecemos o valor e a honra desses profissionais que deram suas vidas em defesa da segurança pública”, diz o texto.
Morte de policiais: “Irreparável perda”
Sparks também reafirma, em nome do governo norte-americano, o respeito ao trabalho das forças de segurança do Rio e coloca a DEA à disposição para oferecer apoio institucional.
“Neste momento de luto, reiteramos nosso respeito e admiração pelo trabalho incansável das forças de segurança do Estado e colocamo-nos à disposição para qualquer apoio que se faça necessário. Receba, senhor secretário, nossos votos de força e consolo diante dessa irreparável perda”, acrescenta o documento.
A carta foi emitida com o timbre do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, órgão ao qual a DEA é subordinada.
A operação, realizada no dia 28 de outubro, tinha como alvo o Comando Vermelho e resultou em 121 mortes, segundo a Polícia Civil. Quatro policiais, dois civis e dois militares, morreram na operação.
Os policiais mortos foram: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, comissário da 53ª DP (Mesquita); Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna); Cleiton Serafim Gonçalves, 42 anos, 3º sargento do Bope; Heber Carvalho da Fonseca, 39 anos, 3º sargento do Bope.