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Os índices futuros de Nova York operam em leve baixa nesta sexta-feira (19), após um dia de recordes em Wall Street impulsionado pelo anúncio de investimento da Nvidia na Intel e pela sinalização de cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) ainda este ano.
Com a agenda econômica esvaziada no Brasil e nos EUA, as atenções se voltam para a teleconferência entre Donald Trump e Xi Jinping, marcada para às 10h (horário de Brasília). O diálogo acontece após avanços na negociação sobre o TikTok nos Estados Unidos.
A movimentação nos mercados também é acompanhada por novos episódios de tensão política. Trump voltou a atacar emissoras de TV americanas, ameaçando rever licenças de canais críticos a ele, como a ABC, e sugerindo intervenção da Comissão Federal de Comunicações.
No cenário asiático, o Banco do Japão manteve os juros inalterados, enquanto o Banco Popular da China define hoje as taxas de referência de empréstimos (LPRs).
Já em Brasília, a chamada PEC da Blindagem enfrenta forte resistência no Senado e deve ficar parada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A proposta, que dificulta investigações contra parlamentares, é criticada inclusive por partidos da base e foi chamada de “impunidade absoluta” pelo líder do MDB, Eduardo Braga.
Brasil
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (18) com leve queda de 0,06%, aos 145.499,99 pontos, interrompendo uma sequência de três dias de recordes. A baixa foi modesta — apenas 94 pontos —, mas reflete o início de uma correção após forte otimismo alimentado pela queda dos juros nos EUA e o apetite externo por risco.
O alívio recente esbarrou na realidade doméstica: o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, com um comunicado mais duro que o esperado, o que reduziu apostas em cortes no curto prazo. A postura conservadora do Banco Central pressionou os juros futuros, que avançaram por toda a curva.
No câmbio, o real teve leve valorização de 0,33%, a R$ 5,319, mas o movimento foi discreto frente à revisão para cima nas projeções de dólar por analistas.
Europa
As bolsas europeias sobem nesta sexta-feira com foco na ligação entre Donald Trump e Xi Jinping, após acordo sobre o TikTok. Investidores aguardam indicadores econômicos da Alemanha, Reino Unido e França. Os dados incluem inflação ao produtor, vendas no varejo e confiança empresarial.
STOXX 600: +0,28%
DAX (Alemanha): +0,40%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,14%
CAC 40 (França): +0,90%
FTSE MIB (Itália): +0,76%
Estados Unidos
Em dia de agenda esvaziada nos EUA, os índices futuros recuam hoje, após recorde do Dow Jones e do S&P 500, que caminham para fechar a semana em alta de 0,7%. O Nasdaq Composite avançou 1,5%, puxado por empresas de tecnologia, enquanto o Russell 2000 saltou quase 3%.
Dow Jones Futuro: -0,04%
S&P 500 Futuro: -0,05%
Nasdaq Futuro: -0,02%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, enquanto os investidores analisavam a decisão do Banco do Japão (BOJ), que manteve sua taxa básica de juros estável em 0,5%.
Shanghai SE (China), -0,30%
Nikkei (Japão): -0,57%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,01%
Nifty 50 (Índia): -0,33%
ASX 200 (Austrália): +0,32%
Petróleo
Os preços do petróleo recuam, com investidores dando mais peso às preocupações sobre a economia dos Estados Unidos do que ao início de uma política monetária mais flexível, após o Federal Reserve cortar os juros pela primeira vez neste ano.
Petróleo WTI, -0,57%, a US$ 63,21 o barril
Petróleo Brent, -0,33%, a US$ 67,18 o barril
Agenda
Na agenda dos EUA, está previsto o discurso de Mary Daly, membro do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Federal Reserve.
Por aqui, no Brasil, a situação fiscal dos municípios brasileiros melhorou em 2024, com o IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) subindo de 0,5934 para 0,6531, refletindo maior arrecadação e repasses federais, mas 36% das cidades ainda apresentam quadro crítico ou difícil, abrigando 46 milhões de pessoas. O principal desafio continua sendo a autonomia financeira, já que mais da metade dos municípios depende de transferências para manter suas despesas, e 540 prefeituras comprometem mais de 54% do orçamento com pessoal. Entre as capitais, Vitória teve a melhor pontuação (1 ponto), enquanto Cuiabá ficou na última posição (0,5237), com zero em liquidez, segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg