Casa EconomiaFuturos dos EUA avançam à espera de dados de emprego; prévia da inflação é destaque no Brasil

Futuros dos EUA avançam à espera de dados de emprego; prévia da inflação é destaque no Brasil

por Adriana Cardoso
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Os índices futuros dos EUA operam com leve alta, nesta quinta-feira (25), após duas quedas consecutivas, com foco nos pedidos de auxílio-desemprego e na revisão do PIB (Produto Interno Bruto).

O mercado avalia os sinais de desaceleração no mercado de trabalho, destacados pelo presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell, como justificativa para o recente corte de juros.

No Brasil, a divulgação do IPCA-15 (prévia da inflação) de setembro e o Relatório de Política Monetária concentram as atenções. Os dados podem influenciar as expectativas sobre os próximos movimentos do Banco Central, que também participa hoje da reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).

Brasil

O Ibovespa oscilou entre perdas e ganhos ao longo de quarta-feira (24), encerrando o dia praticamente estável, com leve alta de 0,05%, aos 146.491,75 pontos — o maior nível de fechamento da história, apesar do ganho tímido de 66,81 pontos.

No câmbio, o dólar comercial avançou 0,90% e fechou em R$ 5,327, mesmo após o Banco Central intervir com a venda de US$ 2 bilhões e rolagem de contratos futuros. Os juros futuros (DIs) subiram em toda a curva.

O cenário externo teve impacto limitado: Wall Street recuou, enquanto as bolsas europeias reagiram positivamente.

Europa

As bolsas europeias operam no vermelho, após EUA abrirem investigação sobre importações de dispositivos médicos, levantando preocupações de que esses produtos possam ser o próximo alvo do tarifaço do presidente Donald Trump.

STOXX 600: -0,19%


DAX (Alemanha): -0,27%


FTSE 100 (Reino Unido): -0,04%


CAC 40 (França): -0,36%


FTSE MIB (Itália): -0,12%

Estados Unidos

Os investidores estadunidenses se preparam para a divulgação, nesta sexta-feira (26), do dado econômico mais relevante no âmbito da política monetária: a divulgação do deflator de inflação PCE, a variável mais importante para o Federal Reserve. Uma aceleração no indicador pode levar a autoridade monetária a reconsiderar a trajetória de cortes de juros.

Dow Jones Futuro: +0,10%


S&P 500 Futuro: +0,06%


Nasdaq Futuro: +0,07%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam de forma mista, refletindo, em parte, o movimento de Wall Street depois que investidores continuaram vendendo posições no setor de tecnologia, o que pode demonstrar uma falta de otimismo com o setor de inteligência artificial. As ações do setor têm forte impacto no mercado financeiro asiático, onde se concentram boa parte dessas empresas.

Shanghai SE (China), -0,01%


Nikkei (Japão): -0,27%


Hang Seng Index (Hong Kong): -0,13%


Nifty 50 (Índia): -0,26%


ASX 200 (Austrália): +0,10%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam em um movimento de realização de lucros por parte dos investidores.

Petróleo WTI, -0,80%, a US$ 64,47 o barril


Petróleo Brent, -0,69%, a US$ 68,83 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados do PIB do 2º trimestre, pedidos de seguro-desemprego e são aguardados discursos de membros do Federal Reserve.

Por aqui, no Brasil, o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que perseguir apenas o piso da meta fiscal, e não o centro, é irregular e fere a legislação. A medida pressiona a equipe econômica do governo Lula, que prevê déficit de R$ 30,2 bilhões em 2025, próximo ao limite permitido. Se a decisão prevalecer, o governo pode ter de contingenciar até R$ 30 bilhões ou elevar receitas para cumprir a regra.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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