Casa EconomiaFuturos de Nova York operam no negativo com temporada de balanços no radar

Futuros de Nova York operam no negativo com temporada de balanços no radar

por Adriana Cardoso
0 comentários
futuros-de-nova-york-operam-no-negativo-com-temporada-de-balancos-no-radar

Os índices futuros dos EUA operam em queda nesta terça-feira (21), em meio à expectativa pelos balanços de empresas como Netflix, GM (General Motors), Coca-Cola. Os dados trimestrais devem oferecer sinais sobre tendências de consumo, tecnologia, commodities e indústria automotiva.

No Brasil, os investidores acompanham o relatório de produção e vendas da Vale (3T25), aguardado após o fechamento do mercado, com foco na demanda global por minério de ferro e desempenho operacional da companhia.

No cenário político, o STF (Supremo Tribunal Federal) retoma o julgamento dos réus do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado, com destaque para o voto do relator Alexandre de Moraes. No exterior, o mercado observa discursos do membro do Federal Reserve (banco central estadunidense), Christopher Waller, e os primeiros desdobramentos da reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial, que discute estabilidade econômica global até o dia 26.

Já o presidente Lula embarca nesta manhã para Johanesburgo, África do Sul, em meio à intensa agenda política e econômica da semana. De lá, ele segue para a Ásia, onde participará da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), em Kuala Lampur, Malásia. Na próxima segunda-feira (27), ele pode se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Brasil

O Ibovespa fechou a segunda-feira (20) em alta de 0,77%, aos 144.509 pontos, impulsionado por expectativas positivas no cenário internacional e bom desempenho de ações domésticas, especialmente de Vale e grandes bancos. Na máxima do dia, o índice chegou aos 145.216 pontos.

O dólar comercial caiu pela quarta sessão consecutiva, recuando 0,63%, a R$ 5,371. Os juros futuros também cederam em toda a curva, refletindo um dia de menor aversão ao risco.

Entre os destaques corporativos, Vale (VALE3) avançou 1,28% e puxou o Ibovespa. Bradesco (+1,87%), Itaú (+1,79%) e Santander (+2,48%) também fecharam em alta, enquanto Banco do Brasil caiu 0,62%. Petrobras (PETR4) oscilou ao longo do dia e encerrou com leve alta de 0,07%, após reduzir o preço da gasolina e obter licença para perfurar na Foz do Amazonas — medida que gerou reações contrárias.

Europa

Os mercados europeus sobem, impulsionados por ações de defesa após nova tensão entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia). No Reino Unido, os empréstimos públicos atingiram 20,2 bilhões de libras em setembro, o maior valor para o mês desde 1997. O dado, divulgado antes do Orçamento de Outono, reforça a pressão por medidas fiscais.

STOXX 600: -0,02%


DAX (Alemanha): -0,11%


FTSE 100 (Reino Unido): +0,23%


CAC 40 (França): +0,05%


FTSE MIB (Itália): +0,69%

Estados Unidos

Cerca de 75% das empresas do S&P 500 superaram as expectativas até agora, com destaque para o setor de tecnologia, impulsionado pela inteligência artificial. Analistas projetam que as big techs concentrem a maior parte dos lucros. Enquanto isso, Kevin Hassett sinalizou possível fim da paralisação do governo ainda nesta semana.

Dow Jones Futuro: -0,18%


S&P 500 Futuro: -0,12%


Nasdaq Futuro: -0,16%

Ásia

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, com destaque para o Nikkei, que subiu modestamente após recordes recentes. A eleição de Sanae Takaichi como a primeira mulher primeira-ministra do Japão marcou o dia. Na Índia, as bolsas ficaram fechadas por feriado.

Shanghai SE (China), +1,36%


Nikkei (Japão): +0,27%


Hang Seng Index (Hong Kong): +0,65%


Nifty 50 (Índia): +0,15%


ASX 200 (Austrália): +0,70%

Petróleo

Os preços do petróleo caem diante de temores sobre excesso de oferta e impactos negativos das tensões comerciais entre EUA e China, principais consumidores globais. Mesmo com Donald Trump sinalizando possível acordo, o mercado segue cauteloso.

Petróleo WTI, +0,26%, a US$ 57,37 o barril


Petróleo Brent, 0,00%, a US$ 61,01 o barril

Agenda

Em dia de agenda fraca, são aguardados nos EUA discursos de membros do Federal Reserve e estoques de petróleo (API) semanal.

Por aqui, no Brasil, o presidente Lula poderá se reunir com Donald Trump na próxima segunda-feira (27), em Kuala Lumpur, antes da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). A expectativa é de que o encontro marque o início de uma mudança na relação bilateral, com negociações comerciais e diálogo político mais estável. A visita de Lula ao Sudeste Asiático inclui compromissos em Jacarta e Malásia, e o tema das tarifas aplicadas pelos EUA ao Brasil deve ser central nas conversas.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

você pode gostar