Índice
Os índices futuros dos Estados Unidos operam próximos da estabilidade nesta terça-feira (28), após o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones renovarem máximas históricas no pregão anterior. O movimento reflete o alívio nas tensões entre Washington e Pequim, às vésperas do encontro entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, marcado para quinta-feira (30), na Coreia do Sul.
Investidores também aguardam a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) sobre juros, prevista para quarta (29). O mercado precifica, segundo a ferramenta CME FedWatch, uma probabilidade de 96% de corte de 25 pontos-base, em meio a sinais de desaquecimento do mercado de trabalho. O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, será monitorado em busca de indícios sobre novos ajustes até o fim do ano.
Os agentes norte-americanos acompanham a viagem de Donald Trump pela Ásia, enquanto a agenda de indicadores econômicos traz dados como a divulgação do índice de confiança do consumidor de outubro, às 11h, e os dados de estoques de petróleo da API, às 17h30.
No Brasil, com a agenda doméstica esvaziada, o foco recai sobre as negociações comerciais com os EUA. O governo Lula pediu uma nova rodada de conversas para discutir tarifas aplicadas a produtos brasileiros e solicitou a suspensão temporária do tarifaço enquanto as tratativas avançam. A expectativa é de um novo encontro em Washington, com participação dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio) e Mauro Vieira (Chanceler).
Brasil
O pregão da segunda-feira (27) entrou para a história da Bolsa brasileira. O Ibovespa avançou 0,55%, aos 146.969 pontos — o maior fechamento já registrado — e chegou a tocar os 147.976 pontos durante o dia, quase rompendo a marca inédita dos 148 mil.
O movimento reflete um clima de euforia que tomou conta dos mercados globais, mas ganhou força extra no Brasil após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o norte-americano Donald Trump.
A reunião, marcada por gestos amistosos e declarações positivas, foi interpretada como um sinal de reaproximação política entre Brasília e Washington.
Europa
Os mercados europeus operam sem direção definida nesta terça-feira, enquanto investidores aguardam a decisão de juros do Federal Reserve amanhã. As atenções também se voltam ao comércio global, diante da expectativa de avanços nas negociações entre Estados Unidos e China.
STOXX 600: -0,34%
DAX (Alemanha): -0,47%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,05%
CAC 40 (França): -0,25%
FTSE MIB (Itália): -0,16%
Estados Unidos
Os índices futuros operam no campo negativo, mas próximos da estabilidade, enquanto os agentes aguarda a divulgação de dados macroeconômicos e esperam a decisão dos juros pelo Federal Reserve, que será divulgada amanhã.
Dow Jones Futuro: 0,00%
S&P 500 Futuro: -0,07%
Nasdaq Futuro: -0,05%
Ásia
As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam em queda nesta terça-feira, refletindo a cautela dos investidores antes do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi. Após chegar a Tóquio na segunda-feira, Trump se reuniu com o imperador Naruhito e será o primeiro líder estrangeiro a manter conversas oficiais com Takaichi desde sua posse.
Shanghai SE (China), -0,22%
Nikkei (Japão): -0,58%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,33%
Nifty 50 (Índia): -0,35%
ASX 200 (Austrália): -0,48%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as quedas das duas sessões anteriores, já que a pressão dos planos da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para elevar a produção compensou o otimismo sobre um possível acordo comercial entre EUA e China.
Petróleo WTI, -1,66%, a US$ 60,29 o barril
Petróleo Brent, -1,71%, a US$ 64,50 o barril
Agenda
Nos EUA, a agenda econômica dos Estados Unidos desta terça-feira traz o índice de confiança do consumidor do Conference Board, o índice de manufatura de outubro do Fed de Richmond, a pesquisa de atividade no setor de serviços do Fed de Dallas e os preços de imóveis referentes a agosto.
Por aqui, no Brasil, o governo brasileiro avalia reduzir a tarifa de 18% sobre o etanol dos EUA em troca da retirada da sobretaxa de 40% aplicada ao café e à carne brasileiros. O Brasil também sinalizou que açúcar e terras raras podem entrar na pauta, enquanto os EUA ainda não detalharam suas demandas.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg