Casa EconomiaFuturos avançam com otimismo sobre acordo para fim do shutdown nos EUA

Futuros avançam com otimismo sobre acordo para fim do shutdown nos EUA

por Adriana Cardoso
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Os índices futuros de Nova York operam em alta nesta quarta-feira (12) diante do otimismo com o possível fim da paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos, que já dura 42 dias — a mais longa da história. A Câmara, controlada pelos republicanos, deve votar ainda hoje um acordo para restaurar o financiamento de agências federais até janeiro de 2026. O presidente Donald Trump afirmou que sancionará o texto assim que aprovado.

O mercado também reage à expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros do Federal Reserve na reunião de dezembro, segundo consenso da Bloomberg, embora o presidente do banco central estadunidense, Jerome Powell, mantenha o discurso cauteloso.

Outra frente de atenção é a declaração de Trump sobre a redução de tarifas do café, o que animou exportadores brasileiros. Desde agosto, os embarques do produto para os EUA caíram mais da metade após a imposição de uma sobretaxa de 50%, segundo o CeCafé.

No Brasil, o destaque do dia é a divulgação do crescimento do setor de serviços, às 9h, indicador-chave para o PIB (Produto Interno Bruto). A agenda econômica também inclui balanços de empresas como MRV, Americanas, Banco do Brasil e Hapvida, além da sabatina do procurador-geral da República na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Brasil

O Ibovespa subiu 1,60% na terça-feira (11), encerrando o dia aos 157.748 pontos, um avanço de 2.491 pontos — o suficiente para registrar a primeira vez na história que o Ibovespa fecha na casa dos 157 mil. Curiosamente, o índice não chegou a encerrar nenhum pregão na faixa dos 156 mil; saltou diretamente dos 155 mil para o novo patamar recorde.

Além do fechamento histórico, o índice também renovou sua máxima intradia, alcançando 158.467 pontos, marca inédita no mercado brasileiro.

A valorização da Bolsa veio acompanhada de um movimento positivo no câmbio. O real teve o quinto dia seguido de ganhos, enquanto o dólar comercial recuou 0,64%, cotado a R$ 5,27. Os juros futuros também caíram em toda a curva, refletindo o maior apetite por risco.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo nesta quarta-feira, com os agentes de olho no possível fim da paralisação mais longeva do governo estadunidense e na temporada de balanços na região.

STOXX 600: +0,51%


DAX (Alemanha): +1,00%


FTSE 100 (Reino Unido): +0,24%


CAC 40 (França): +0,68%


FTSE MIB (Itália): +0,87%

Estados Unidos

Enquanto os índices futuros avançam, os agentes se preparam para uma série de falas de membros do Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feura, incluindo Stephen Miran, o mais recente indicado pelo presidente Trump, e Christopher Waller, que, segundo informações, está na disputa para ser nomeado o próximo presidente do banco central. Além disso, a temporada de balanços também segue no radar.

Dow Jones Futuro: +0,16%


S&P 500 Futuro: +0,35%


Nasdaq Futuro: +0,61%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria, após Wall Street apresentar resultados mistos em meio à estagnação do comércio de inteligência artificial. As ações do SoftBank recuaram até 10% depois que a empresa anunciou a venda de sua participação integral na fabricante de chips Nvidia por US$ 5,83 bilhões. A gigante japonesa busca capitalizar seu investimento total na OpenAI, criadora do ChatGPT.

Shanghai SE (China), -0,07%


Nikkei (Japão): +0,43%


Hang Seng Index (Hong Kong): +0,85%


Nifty 50 (Índia): +0,88%


ASX 200 (Austrália): -0,22%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa devido à preocupações com o excesso de oferta.

Petróleo WTI, -0,59%, a US$ 60,68 o barril


Petróleo Brent, -0,49%, a US$ 64,84 o barril

Agenda

Em dia de agenda esvaziada de dados macroeconômicos, estão previstas falas de membros do Federal Reserve, o banco central estadunidense, e o relatório mensal da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Por aqui, no Brasil, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou na terça-feira (11) que há “uma possibilidade” de o governo não precisar ampliar o bloqueio orçamentário no próximo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Segundo ela, a arrecadação de impostos, incluindo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), superou as expectativas no último mês, e o faseamento das despesas (ou seja, a distribuição dos gastos ao longo do tempo) tem contribuído para equilibrar as contas. Atualmente, o bloqueio total no Orçamento está em R$ 12,1 bilhões, valor que, por ora, deve ser mantido.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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