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Flotilha parte da Tunísia rumo a Gaza em desafio ao bloqueio israelense

por Felipe Rabioglio
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A flotilha humanitária que busca romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza deixou o porto de Bizerte, na Tunísia, nesta segunda-feira (15). A partida ocorreu após uma série de adiamentos motivados por preocupações com segurança e pelas condições meteorológicas. A iniciativa tem como objetivo criar um corredor humanitário e levar ajuda ao território palestino, em meio à escalada da crise humanitária na região.

Entre os participantes está a ativista sueca Greta Thunberg, que declarou à agência AFP que pretende levar uma mensagem de esperança ao povo palestino e lembrar que a comunidade internacional não o esqueceu. Segundo ela, a ação é uma forma de suprir a ausência de responsabilidade dos governos: “Quando os nossos governos não assumem responsabilidades, não temos outra escolha senão resolver o problema por nós próprios.”

No total, 20 embarcações partiram da Tunísia, após iniciarem o percurso em Barcelona. A coordenação da flotilha, liderada por Yasemin Acar, compartilhou imagens de barcos tunisianos que acompanharam a saída, ostentando mensagens como “o bloqueio a Gaza deve acabar” e “estamos saindo por solidariedade, dignidade e justiça”.

Dois possíveis ataques de drone foram denunciados pela flotilha, que tomou as devidas precauções (Foto: Global Sumud Flotilla)

Dificuldades da flotilha

A jornada tem enfrentado obstáculos desde o início. Na semana passada, foram relatados ataques de drones contra a flotilha, fato que levou o governo tunisiano a denunciar um “ataque premeditado” e a abrir investigação. Como medida de segurança, as principais figuras foram distribuídas em diferentes barcos, evitando concentrações que possam ser alvos fáceis de agressões.

Outras embarcações provenientes da Córsega, Sicília e Grécia também se juntaram ao movimento. A ação marca mais uma tentativa de romper o bloqueio, após investidas frustradas em junho e julho. Não há ainda uma previsão exata de chegada à Faixa de Gaza, mas a expectativa dos organizadores é alcançar o território ainda em setembro.

Entre os tripulantes também estão nomes portugueses, como a coordenadora do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte, reforçando a dimensão internacional da iniciativa.

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