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Um grupo de parlamentares brasileiros esteve nesta sexta-feira (19) na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, para visitar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde julho. Entre os visitantes estavam os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE), Magno Malta (PL-ES) e o deputado Cabo Gilberto (PL-PB).
A comitiva entrou na unidade prisional por volta das 10h20 (horário de Brasília). A visita, autorizada pela Justiça italiana e pela direção do presídio, pode durar até duas horas. O advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, e seu marido, Antônio Aginaldo de Oliveira, ficaram de fora por não terem recebido permissão de entrada.
Segundo Eduardo Girão, a viagem teve caráter “humanitário”. Ele e Damares afirmaram que voaram à Itália exclusivamente para o encontro com Zambelli e que retornarão ao Brasil já no sábado (20). Flávio Bolsonaro, por sua vez, deve aproveitar a viagem para participar de evento da ultradireita italiana, que contará com a presença do vice-primeiro-minstro Matteo Salvini.
Além da visita à deputada, os parlamentares também devem se reunir com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que vivem na Itália, Suíça, França e Estados Unidos. A assessoria de Girão afirmou que todas as despesas da viagem, incluindo passagens e hospedagem, foram custeadas com recursos próprios. O grupo está hospedado em um hotel quatro estrelas superior no bairro EUR, em Roma, onde acontecem eventos organizados por bolsonaristas no país.
Presa na Itália, Carla Zambelli recebeu visita de aliados (Foto: Reprodução)
Zambelli presa
Zambelli está detida desde 29 de julho, após a Justiça italiana negar recurso para que aguardasse em liberdade o processo de extradição para o Brasil. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, a parlamentar entrou na Itália em 5 de junho, um dia após a decisão definitiva.
Magistrados italianos apontaram risco de fuga, citando que a deputada já havia manifestado desconfiança na Justiça brasileira, sido localizada escondida em Roma e declarado à imprensa local que mudaria de endereço para evitar ser descoberta. Em agosto, a corte concluiu que não havia incompatibilidade entre o estado de saúde da ré e a manutenção do cárcere. A defesa já anunciou que recorrerá à instância máxima da Justiça italiana.