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EUA e Japão fecham acordo estratégico para minerais críticos e terras raras

por Adriana Cardoso
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram na segunda-feira (27) um acordo-quadro (visa a disciplinar relações contratuais futuras) voltado à garantia do fornecimento de minerais críticos e terras raras, essenciais para setores como energia renovável, eletrônicos e automóveis, informou a Casa Branca.

O pacto, firmado durante a visita de Trump ao Japão como parte de sua viagem à Ásia, prevê cooperação entre os dois países por meio de políticas econômicas coordenadas e investimentos estratégicos, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de mercados diversificados e justos para esses recursos.

Acordo EUA-Japão simplifica prazos e processos

O acordo EUA-Japão inclui medidas para simplificar prazos e processos de licenciamento de minerais críticos e terras raras, além de enfrentar políticas não comerciais e práticas comerciais injustas. Os países também estudarão a criação de estoques estratégicos complementares e cooperarão com outros parceiros internacionais para garantir a segurança da cadeia de suprimentos.

Além disso, os governos divulgaram projetos conjuntos em energia, inteligência artificial e minerais críticos, nos quais empresas japonesas planejam investimentos de até US$ 400 bilhões. Tóquio, por sua vez, comprometeu-se anteriormente a fornecer US$ 550 bilhões em investimentos estratégicos, empréstimos e garantias aos EUA, como parte de um acordo que visava reduzir tarifas punitivas.

O encontro também teve tom diplomático: Trump elogiou Takaichi como primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão e destacou seu compromisso com o fortalecimento militar. Takaichi, por sua vez, prometeu apoiar os esforços de Trump em resolução de conflitos globais e chegou a declarar que indicaria o presidente norte-americano para o Prêmio Nobel da Paz.

China no centro do cenário

A China processa atualmente mais de 90% das terras raras do mundo e recentemente aumentou as restrições de exportação, incluindo novos elementos em sua lista de controle e ampliando a fiscalização de produtores estrangeiros que dependem de matérias-primas chinesas. Em contraste, os Estados Unidos operam apenas uma mina de terras raras e enfrentam pressão para garantir insumos vitais para veículos elétricos, sistemas de defesa e manufatura avançada.

Trump deve se reunir com o presidente chinês Xi Jinping na quinta-feira (30), após autoridades econômicas de ambos os países estruturarem, no domingo (26), um possível acordo comercial que afastou a ameaça de tarifas de 100% sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro.

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