O Ibovespa fechou a segunda-feira (10) em alta de 0,77%, aos 155.257 pontos, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 155 mil e renovando o recorde histórico ao atingir 155,6 mil pontos durante o pregão. Foi a 14ª valorização consecutiva do principal índice da B3, em meio à queda do dólar comercial, que recuou 0,55%, para R$ 5,30, e à retração dos juros futuros.
Com a agenda doméstica esvaziada, as atenções se voltaram à abertura da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o evento será um “momento de impor nova derrota aos negacionistas”.
“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades”, declarou o petista.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também ganhou destaque ao afirmar que há espaço para novos cortes na taxa Selic, após reunião com representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
“Essa opinião é compartilhada por setores da sociedade, inclusive por bancos com os quais me reuni hoje. Há espaço para corte. Isso não é uma questão pessoal, é uma questão institucional”, afirmou.
Enquanto isso, o Boletim Focus interrompeu a sequência de revisões baixistas para a inflação de 2025, mantendo a projeção em 4,55%.
O que deu fôlego extra à Bolsa, contudo, foi o cenário externo. Em Nova York, os principais índices subiram diante da possibilidade de um acordo bipartidário encerrar a paralisação do governo dos Estados Unidos, que vinha comprometendo a divulgação de dados econômicos importantes. As Bolsas europeias também fecharam em alta, enquanto o ouro disparou mais de 3%.
Entre as blue chips, Vale (VALE3) avançou 0,66%, e Petrobras (PETR4) subiu 0,56%, ajudando a sustentar o índice em território positivo, apesar de parte do mercado adotar uma postura mais cautelosa.
Mercado externo
Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,81%, aos 47.368,54 pontos; o S&P 500, +1,54%, aos 6.832,45 pontos; e o Nasdaq, +2,27%, aos 23.527,17 pontos.