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Eduardo Paes recebe chuva de críticas nas redes ao apoiar Silas Malafaia

por Chico Alves
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O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), esteve neste domingo (14) no culto que comemorou o aniversário de 67 anos do pastor Silas Malafaia. Mais que festejar a data, Paes fez um discurso de alinhamento ao religioso, que é o principal apoiador de Jair Bolsonaro e um dos mais inflamados opositores do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O prefeito Paes citou a “amizade de 20 anos” e que, independente da “orientação política”, continuará a apoiá-lo. “Nós estamos do seu lado. Mexeu com o Silas Malafaia, mexeu comigo. Viva a vida de Silas Malafaia, esse grande pastor”, bradou Paes.

Se o objetivo da declaração foi colher frutos políticos entre os fiéis da igreja de Malafaia, nas redes sociais o prefeito do Rio teve resultado oposto. É o que concluiu o analista Pedro Barciela, que pesquisou o tema a partir de 580 comentários feitos por usuários em matérias da imprensa.

Nas plataformas, a retirada imediata de apoio e a previsão de prejuízo eleitoral foram citados por 40%: Mensagens anunciando “perdeu meu voto”, “não terá meu voto” e ameaças de campanha contra, muitas vezes ampliando para família e amigos; aparecem também em meio a menções de “tiro no pé”, “vai perder a eleição” e “como perder uma eleição ganha”, sinalizando custo eleitoral percebido imediato e futuro.

Houve também rejeição à mistura entre religião e política (22%). Foram usadas expressões contra “fazer política no altar”, menções ao “púlpito” e a ideia de pedir votos em igreja; além de críticas à presença do prefeito em templos como ato político e à normalização de práticas religiosas em agendas eleitorais.

Malafia ouve a declaração de apoio de Eduardo Paes

Apoio de Pes a Malafaia foi visto como “aceno calculado ao eleitor evangélico”

Barciela aponta leitura de oportunismo/eleitoreirismo e busca do voto evangélico (18%). Ou seja, houve interpretação do gesto como “tudo pelo voto”, “fazer média” e “aceno” calculado ao eleitorado evangélico; referências a “política suja/hipocrisia” e à priorização de conveniência eleitoral sobre princípios.

A associação específica com Silas Malafaia foi reprovada em 12% dos comentários. Foram ram citadas contestação do aliado em si, com enquadramentos que o veem como “contra a democracia” ou arriscando a “soberania do país”; linguagem religiosa depreciativa e desconfiança sobre o caráter e a influência do pastor.

Por fim, 8% dos que comentaram cobraram coerência e fizeram menção a identidades culturais contraditórias. Isso aconteceu em questionamentos do tipo “um dia no samba/Exu, outro na igreja”, lembrando Carnaval, pagode e eventos populares para apontar incoerência percebida entre agendas culturais do Rio e o gesto de apoio religioso.

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