A oitava edição da Revista Liberta está liberada hoje para assinantes, mas também os não-assinates poderão ter acesso a parte do conteúdo da publicação. O principal tema desta semana é estarrecedora matança ocorrida no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, na terça-feira (29), resultado da necropolítica desenvolvida pelo governador Cláudio Castro. Escrevem sobre o assunto a deputada Jandira Fehali, o diretor da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, e os jornalista do ICL Notícias Leandro Demori e Igor Mello. Também os articulistas fixos Luís Costa Pinto e João Cézar de Castro Rocha tratam do assunto.
O artigo de Jandira Feghali está disponível para não assinantes neste link. O texto da deputada tem o título “Basta de fazer política com sangue”. A seguir, um trecho:
“Em junho, escrevi um artigo para a Carta Capital que intitulei “Todas as Mães Pensam em Gaza”. Naquele momento, tentava imaginar a dor das mulheres palestinas, destinadas a ver seus filhos morrerem em meio às bombas e aos tiros israelenses. Nesta quinta-feira, na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, esta dor se materializou, desgraçadamente, na minha frente no choro incontido de dezenas de mulheres cariocas, a quem foi negado, no mínimo, o direito de ver seus filhos presos, e não mortos, meros números da maior chacina deste século no Brasil.
Em Gaza ou na Penha, a dor de uma só mãe é a dor de todas. E esta dor me atravessou profundamente ao ouvir os relatos do pesadelo sem fim que estas mulheres estão vivendo desde terça-feira, quando 2,5 mil policiais entraram nos complexos da Penha e do Alemão e mataram ao menos 121 pessoas, sob o pretexto de prender o traficante Doca e de livrar o território do crime. O bandido continua à solta e as comunidades, aprisionadas pelo medo.
Mas, para o governador do Rio, Cláudio Castro, a “operação” foi um sucesso, à exceção dos quatro policiais que ele enviou para a morte – um deles tinha apenas 40 dias na corporação. Castro empilhou corpos para montar um palanque eleitoral e tentar mudar a pauta da política, que, claramente, colocava a extrema direita na defensiva nos últimos meses. (…)”
Outro tema da revista é a opressão sobre os palestinos, contada em dois aspectos diferentes pelos jornalistas Jamil Chade e Heloisa Villela.
Esta edição conta ainda com artigos de Andrea Dip, Marcia Tiburi, Leonardo Boff, o grupo de humor Sensacionalista, as frases da semana, a foto da semana e uma charge de Estêvão.
A capa impactante, que retrata a necropolítica do governador Cláudio Castro, é assinada por Aroeira.
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