Casa EconomiaDieese: 13º salário deve injetar R$ 369 bi na economia até o fim de 2025

Dieese: 13º salário deve injetar R$ 369 bi na economia até o fim de 2025

por Adriana Cardoso
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O pagamento do 13º salário tem potencial de movimentar R$ 369,4 bilhões na economia brasileira até dezembro de 2025, segundo estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor corresponde a 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e beneficiará cerca de 95,3 milhões de pessoas, que receberão, em média, R$ 3.512.

O montante contempla trabalhadores do setor formal, empregados domésticos com carteira assinada e beneficiários da Previdência Social, incluindo regimes próprios da União, estados e municípios.

Para chegar ao volume total, o Dieese combinou diferentes bases de dados:

  • Rais 2023 e Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) 2024–2025: para assalariados do setor público e privado.
  • Pnad Contínua (IBGE): para empregados domésticos formalizados.
  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e Tesouro Nacional: para aposentados e pensionistas.

Os valores de rendimento foram atualizados com base na variação do INPC entre janeiro e setembro de 2025. O cálculo não considera trabalhadores sem carteira, autônomos ou categorias com antecipações negociadas, por falta de dados consolidados.

Veja quem e quanto receberá o 13º salário, segundo o Dieese

Do total de beneficiários:

  • 62,5% (59,5 milhões) são trabalhadores formais.
  • 36,6% (34,8 milhões) são aposentados e pensionistas do INSS.
  • 1% (915,5 mil) são aposentados e pensionistas da União.
  • Aposentados de regimes próprios estaduais e municipais também entram na conta, mas sem número consolidado.

Na distribuição do montante total:

  • 70,4% (R$ 260 bilhões) irão para trabalhadores formais, incluindo domésticos.
  • 29,6% (R$ 109,5 bilhões) serão destinados aos aposentados e pensionistas.

✔️ INSS: R$ 64,8 bilhões


✔️ União: R$ 9,9 bilhões


✔️ Estados: R$ 20,5 bilhões


✔️ Municípios: R$ 14,2 bilhões

Desigualdades regionais

A concentração econômica do país determina a distribuição dos recursos:

  • Sudeste: 49,6%
  • Sul: 17,3%
  • Nordeste: 16,4%
  • Centro-Oeste: 9%
  • Norte: 5%
  • Regime Próprio da União (disperso no território): 2,7%

O Distrito Federal apresenta o maior valor médio (R$ 5.877), enquanto Maranhão e Piauí têm os menores pagamentos médios, cerca de R$ 2.400. As médias não incluem beneficiários de regimes próprios estaduais e municipais.

Setores que mais recebem no mercado formal

Entre os 58 milhões de trabalhadores formais (excluindo domésticos), o 13º deve somar R$ 257 bilhões:

  • Serviços (incluindo administração pública): 63%
  • Indústria: 17,4%
  • Comércio: 13,2%
  • Construção civil: 4,1%
  • Agropecuária: 2,2%

O valor médio no setor formal é de R$ 4.431, com as maiores médias nos serviços (R$ 4.983) e as menores na agropecuária (R$ 2.987).

O peso do 13º salário na economia paulista

Com maior estrutura produtiva e base empregatícia, São Paulo concentrará:

  • R$ 110 bilhões, o que representa 29,9% do total nacional e 60% do Sudeste.
  • Impacto equivalente a 2,8% do PIB estadual.
  • 24,6 milhões de beneficiários (26% do total do país).

✔️ 66% são empregados formais


✔️ 32% são aposentados e pensionistas do INSS


✔️ 1,7% são domésticos com carteira

Distribuição dos valores:

✔️ Empregados formalizados: 74,8% (R$ 82,5 bilhões)


✔️ Beneficiários do INSS: 16,2% (R$ 17,8 bilhões)


✔️ Regime Próprio estadual: 4,2% (R$ 4,6 bilhões)


✔️ Regimes Próprios municipais: 4,1%

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