Casa EconomiaDefesa de Bolsonaro pede fim de cautelares, mas PGR segue avaliando risco de fuga

Defesa de Bolsonaro pede fim de cautelares, mas PGR segue avaliando risco de fuga

por Juliana Dal Piva
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A defesa de Jair Bolsonaro apresentou pedidos nesta quarta-feira (24) para a retirada das medidas cautelares, entre elas a tornozeleira, a prisão domiciliar e a retomada do uso de redes sociais, uma vez que a Procuradoria-Geral da República optou por não denunciar o ex-presidente junto com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ativista bolsonarista Paulo Figueiredo por obstrução de justiça ao julgamento de Bolsonaro no STF.

No entanto, a coluna apurou que a tendência é que todas as cautelares sejam mantidas devido ao risco de fuga, motivo pelo qual elas foram impostas. A avaliação da PGR é que a condenação aumentou o risco. A decisão caberá ao ministro Alexandre de Moraes, o relator. Essa prisão ainda não é motivada pela condenação. A ata da sessão foi publicada nesta quarta-feira e o próximo passo é a publicação do acórdão. Depois disso, os advogados podem apresentar recursos na Primeira Turma. Na sequência, o processo deve transitar em julgado e deverá ser decidido se Bolsonaro permanecerá em prisão domiciliar ou então ser irá para uma instituição pública.

A decisão da prisão ocorreu no contexto das investigações sobre tentativa de golpe de Estado e organização criminosa após as eleições de 2022 e foi motivada por descumprimento reiterado das medidas cautelares impostas anteriormente.

Segundo a decisão, Bolsonaro utilizou perfis e canais de comunicação de terceiros — incluindo de seus filhos parlamentares Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro — para divulgar conteúdos que, de acordo com o ministro, configuram ataques ao STF e à ordem democrática. Moraes apontou ainda a participação do ex-presidente, por vídeo, em manifestação realizada em Copacabana no último domingo (3), fato considerado uma violação direta das restrições de contato e uso de redes sociais.

A medida impõe que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em sua residência, monitorado por tornozeleira eletrônica. Moraes também determinou a apreensão de todos os aparelhos eletrônicos encontrados no local e proibiu visitas, exceto de familiares diretos e advogados.

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