A batalha judicial envolvendo o ex-jogador Daniel Alves e sua ex-mulher, Dinorah Santa’Ana, ganhou novos capítulos e permanece sem desfecho. O caso, que tramita sob segredo de Justiça, envolve acusações de que Dinorah teria movimentado indevidamente cerca de R$ 7 milhões das contas bancárias do ex-lateral durante o período em que ele esteve preso na Espanha, entre janeiro de 2023 e março de 2024, acusado de agressão sexual. As informações foram reveladas pelo UOL Esporte.
O histórico judicial entre os dois é extenso. Em 2023, Dinorah ingressou com uma ação de alimentos, que bloqueou 30% dos rendimentos de Daniel Alves provenientes do São Paulo, clube que ele defendeu até 2021. Desde então, o ex-jogador moveu outros processos contra a ex-esposa, com alegações que envolvem desde afastamento dos filhos até supostas atitudes motivadas por vingança após o fim do relacionamento.
Divorciados desde 2012, Daniel e Dinorah têm dois filhos juntos. Ela é atualmente casada com Fransérgio Bastos, ex-jogador e ex-agente de Alves.
Defesa de Daniel e Dinorah
Segundo a defesa de Daniel Alves, Dinorah — que também foi sua procuradora entre 2012 e 2023 — teria realizado as transferências enquanto o ex-jogador estava detido. Ele pede explicações detalhadas sobre o destino do dinheiro e questiona a legalidade das movimentações feitas nesse período.
A defesa de Dinorah, por outro lado, nega qualquer irregularidade. Em contestação de mais de 130 páginas, ela anexou à Justiça conversas e comprovantes bancários que, segundo a ex-procuradora, demonstram que parte das transferências foi feita a pedido do próprio Daniel. Outros valores teriam sido administrados por uma funcionária chamada Natha, responsável pelas finanças da empresa que ambos mantinham. Atualmente, Natha trabalha exclusivamente para Daniel.
Dinorah contratou uma auditoria independente para revisar as contas e transações. O relatório apresentado à Justiça aponta a destinação de R$ 25,4 milhões, incluindo R$ 10,8 milhões em despesas relacionadas aos filhos do casal, R$ 4,2 milhões transferidos com autorização expressa de Daniel e R$ 1,4 milhão enviado à própria conta de Dinorah com o consentimento do ex-jogador. Apenas cerca de R$ 800 mil não teriam comprovação de destino. A defesa dela ainda sustenta que Daniel e Natha possuíam acesso integral às contas e nunca contestaram os gastos até o início do litígio.