ouça este conteúdo
00:00 / 00:00
1x
O mercado de trabalho brasileiro passa por uma transformação acelerada e, nas próximas décadas, a demanda por profissionais qualificados tende a se intensificar. Um levantamento do Observatório Nacional da Indústria (ONI), ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), projeta que até 2035 ao menos 16 profissões despontarão entre as mais procuradas, divididas igualmente entre carreiras técnicas e de nível superior. O avanço das tecnologias digitais e a reestruturação do setor industrial são os principais motores dessa mudança.
Profissões
Entre os cursos técnicos com maior potencial de crescimento estão áreas ligadas à transição energética, digitalização e automação. Profissões como Técnico em Microrredes e Energias Renováveis (+30%), Técnico em Cibersegurança Industrial (+25%) e Técnico em Manufatura Aditiva (+25%) lideram a lista. Também ganham espaço ocupações voltadas à manutenção preditiva, internet industrial das coisas, operação de robôs e drones autônomos, realidade aumentada/virtual e sensoriamento remoto.
O mercado de trabalho brasileiro passa por uma transformação acelerada e, nas próximas décadas, a demanda por profissionais qualificados tende a se intensificar
No nível superior, as oportunidades se concentram em inovação, sustentabilidade e inteligência digital. Cargos como Gerente de Inovação Aberta e Colaborativa (+27%) e Gestor de Sustentabilidade e Economia Circular (+20%) aparecem entre os mais promissores. Outras carreiras em ascensão incluem especialistas em gêmeos digitais, governança algorítmica, ciência de dados industrial, machine learning, edge computing e soluções em blockchain para cadeias de suprimentos.
O estudo se conecta ao cenário atual positivo do mercado de trabalho brasileiro. Dados do Caged mostram que, apenas entre janeiro e maio de 2025, foram criadas 1,05 milhão de vagas formais, acumulando 1,62 milhão em 12 meses. Embora o setor de Serviços lidere em contratações, a Indústria também se destaca com mais de 200 mil novos postos, sobretudo em alimentos, máquinas e veículos.
Para especialistas, o movimento sinaliza que a próxima década exigirá profissionais altamente qualificados e adaptáveis, capazes de combinar conhecimento técnico e inovação para atender às novas demandas do setor produtivo.