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China não confirma ou nega participação em fundo das florestas tropicais

por Ayam Fonseca
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Por Victoria Damasceno

(Folhapress) – A China segue instando países desenvolvidos a investirem no Fundo das Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), uma das apostas do governo federal durante a COP30, que acontece em Belém.

Ao ser questionado pela reportagem se haveria investimento chinês na iniciativa brasileira, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Pequim, Guo Jiakun, não respondeu se o país fará parte da iniciativa.

“A China acolhe e apoia o Mecanismo Florestas Tropicais para Sempre, lançado pelo Brasil. Esperamos que este mecanismo desempenhe um papel positivo e apelamos aos países desenvolvidos para que forneçam apoio financeiro suficiente aos países em desenvolvimento, a fim de reduzir o desmatamento e a degradação das florestas tropicais”, declarou.

Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Pequim, Guo Jiakun (Foto: AFP)

Argumento da China

O regime chinês tem usado o argumento das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, para se esquivar do aporte ao fundo.

Na agenda climática, esse princípio estabelece que países desenvolvidos devem liderar o financiamento e as ações de mitigação, uma vez que essas nações se beneficiaram historicamente do uso de combustíveis fósseis e lucraram com a emissão de gases de efeito estufa.

Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, o princípio foi usado pelo regime chinês para se esquivar de um investimento no processo de negociação entre Brasil e China.

O governo Lula segue otimista com um aporte significativo ao fundo, embora a nação asiática tenha como histórico não participar financeiramente de iniciativas do tipo.

Em discurso durante a COP30, na última sexta-feira (7), o vice-primeiro-ministro da China, Ding Xuexiang, evocou o conceito ao pedir que os compromissos climáticos assumidos pelos países sejam traduzidos em ações concretas.

“Os países desenvolvidos devem assumir a liderança no cumprimento das obrigações de redução de emissões, honrar seus compromissos financeiros e fornecer mais apoio tecnológico e de capacitação aos países em desenvolvimento”, declarou.

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