Casa EconomiaCastro diz que chacina com 132 mortos ‘foi um sucesso’: ‘De vítimas, só os policiais’

Castro diz que chacina com 132 mortos ‘foi um sucesso’: ‘De vítimas, só os policiais’

por Felipe Rabioglio
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou nesta quarta-feira (29) como um “sucesso” a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou ao menos 130 mortos, número que faz da ação a mais letal da história do estado. O pronunciamento ocorreu após uma reunião com autoridades de segurança pública, em que o governador parabenizou as forças envolvidas.

Segundo Castro, o governo reconhece oficialmente 58 mortes: 54 suspeitos e quatro policiais — dois militares e dois civis. “Temos muita tranquilidade de defendermos tudo que fizemos ontem. Queria me solidarizar com a família dos 4 guerreiros que deram a vida para salvar a população. De vítima ontem, só tivemos esses policiais”, afirmou o governador.

A fala de Castro ocorre em meio à polêmica sobre a diferença entre os números oficiais e os relatos de moradores. Na manhã de quarta, ao menos 64 novos corpos foram deixados na Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais vias do Complexo da Penha, o que elevaria o total de mortos a 128. O governo, no entanto, não explicou a divergência nem comentou as denúncias de que as vítimas foram levadas por civis.

O governador também defendeu a atuação das forças de segurança e disse que os mortos classificados como criminosos foram encontrados em áreas de mata, o que, segundo ele, reforça que não se tratavam de inocentes. “Não acredito que havia alguém passeando em área de mata em um dia de operação”, declarou.

Mais de 125 corpos apareceram Praça São Lucas, mas governo só reconhece oficialmente 58 mortes (Foto: Reprodução)

Cláudio Castro quer continuar

Castro afirmou ainda que recebeu o apoio de outros governadores e que a ação pode representar “o início de um grande processo no Brasil” contra o crime organizado. “Temos a convicção que podemos vencer batalhas, mas sozinhos não podemos vencer a guerra, contra o estado paralelo, que a cada dia vem se mostrando mais forte, com poder bélico maior, poderio financeiro mais forte”, disse.

O governador também cobrou maior envolvimento do governo federal no combate à criminalidade. “Esperamos do governo federal um foco de integração e de financiamento. Aquele que não entender que a segurança pública é o maior problema do Brasil hoje vai se arrepender e pedir perdão à sociedade. É por isso que o Rio de Janeiro sai na frente. Não nos furtaremos a fazer a nossa parte.” completou o governador, após criar uma zona de guerra envolvendo civis.

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